Um dos sentidos mais
importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já
escuta desde bem pequeno, a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve
os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da
experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se
inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva,
mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações
sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
O Teste da Orelhinha, ou
Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de
vida do bebê. Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um
computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as
respostas que a orelha interna do bebê produz. É realizado com o bebê dormindo,
em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do
bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos.
O exame logo ao nascer é
imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum
tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico
e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver
linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
O grande problema é que a
maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito
tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento
emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente
comprometido.
Portanto, o Teste da
Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a
qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas
outras coisas.
É como uma bola de neve: a
criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente
mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de
amiguinhos, ela pode apresentar depressão. E por aí vai.
Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.
O teste é obrigatório por lei?
Sim. Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é
obrigatório e gratuito.Dicas:
0 a 6 meses:
O bebê se assusta, chora ou
acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a
origem dos sons.
6 a 12 meses:
Localiza prontamente os
sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e
reconhece seu nome quando chamado.
12 a 30 meses:
Vai do início da primeira
palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é
cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se
ela diz que o papai chegou de "calo", corrija naturalmente dizendo
que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no
aprendizado.
Fonte: Guia do bebê
Nenhum comentário:
Postar um comentário