quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dúvidas comuns sobre a gagueira

Retirado do site www.abragagueira.com.br

O que uma pessoa que gagueja sente ao gaguejar?


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Os sintomas e as sensações são muito variáveis. Falando especificamente dos sintomas externos, a pessoa sente tensão muscular (no caso dos bloqueios) ou sente que não consegue mexer a língua ou os lábios (no caso dos prolongamentos e das repetições).
Além disso, a pessoa também pode sentir vergonha, raiva ou frustração por não conseguir falar como deseja.

Quantas pessoas que gaguejam existem no mundo?

Aproximadamente 1% das pessoas gaguejam. No mundo, são 60 milhões e no Brasil, são 1 milhão e seiscentos mil.

As pessoas que gaguejam não são mais tímidas e inseguras?

Fatores psicológicos como timidez e insegurança podem contribuir para o aparecimento da gagueira, mas eles isoladamente não podem ser considerados como a única causa da gagueira. Também está correto dizer que timidez e insegurança são conseqüências da gagueira: a pessoa fica insegura, porque sabe de suas dificuldades na hora de falar.

Uma pessoa não começa a gaguejar depois que leva um susto muito forte?

Isso é um mito. Com os estudos científicos atuais é possível afirmar que a gagueira é causada por fatores genéticos, orgânicos, sociais e psicológicos, como foi dito na questão anterior. Outro mito que ainda persiste, é que a pessoa gagueja porque é nervosa, ansiosa; a ansiedade pode contribuir para o aparecimento e a perpetuação da gagueira, mas só ela não é causa.

Quais são as outras doenças que podem coexistir com a gagueira?

As outras doenças que podem coexistir com a gagueira são principalmente do âmbito psiquiátrico, como transtorno depressivo, fobia social, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno bipolar e risco de suicídio.

Quais são os problemas que a gagueira pode causar a uma pessoa?

Nós utilizamos a fala durante boa parte de nosso dia e para atingir objetivos específicos, como: transmitir informações, exercer influência e poder, oferecer soluções para problemas, cultivar o humor, refletir sobre a estética dos ambientes, estimular o pensamento. Uma pessoa que gagueja tende a falar menos e isso interfere quantitativa e qualitativamente nos objetivos atingidos. Vamos exemplificar. No ambiente de trabalho, se a pessoa fala menos, seus colegas e chefes poderão não saber quais são seus verdadeiros interesses (o que pode comprometer o cargo que a pessoa ocupa), ela pode não defender seus pontos de vista (fazendo com que colegas e chefes não saibam o quanto ela pode ser inteligente e coerente), pode não conviver socialmente com os colegas como gostaria (sendo considerado “o isolado”): isso tudo pode interferir direta ou indiretamente na remuneração financeira da pessoa que gagueja. No ambiente escolar, a pessoa que gagueja tende a participar menos durante as aulas, tende a não gostar de leituras em voz alta e provas orais, o que interfere em suas notas e no desenvolvimento de seu potencial. No ambiente familiar, a pessoa que gagueja pode participar pouco das decisões familiares e pode discutir menos sobre situações que a desagradam, fazendo com que se sinta frustada. Com esses exemplos, é possível perceber que a gagueira pode afetar muito negativamente a vida de uma pessoa.

Que problemas a gagueira pode causar para quem convive com um gago?

Basicamente dificuldades durante a interação face-a-face ou por telefone, principalmente em interlocutores que ficam muito ansiosos ao ouvir uma fala gaguejada.

O comportamento das pessoas pode piorar a gagueira de alguém?

Sim. Interlocutores que apressam a pessoa que gagueja para falar, que desaprovam a fala gaguejada, que não prestam atenção à fala ou que completam as palavras que a pessoa não está conseguindo dizer podem piorar momentaneamente o nível da gagueira. Não tomando essas atitudes, o interlocutor já está ajudando a pessoa que gagueja.

As pessoas que gaguejam são menos inteligentes?

Não, a inteligência de quem gagueja costuma ser dentro dos limites da normalidade.

Como se faz o diagnóstico?

Ainda não existe um método diagnóstico padrão usado mundialmente, mas esforços estão sendo feitos para que um protocolo comum seja utilizado por todos os profissionais que lidam com gagueira. Entretanto, o diagnóstico é feito através da contagem de quantas vezes em que a pessoa gagueja durante um certo tempo (5 minutos, por exemplo), quais os tipos de disfluências presentes na fala, se há ou não tensão e movimentos associados, análise do ritmo e da naturalidade da fala, descrição das percepções físicas da pessoa que gagueja durante sua fala, histórico de saúde e história familiar.

A partir de que idade o diagnóstico pode ser feito?

As crianças começam a falar por volta de 1 ano; se elas começarem a falar gaguejando e se o comportamento não desaparecer depois de 6 meses, a gagueira já pode ser diagnosticada. Portanto, os diagnósticos mais precoces situam-se por volta de 1 ano e meio.

Existe tratamento?

Sim, vários. Os de linha fonoaudiológica tendem a enfocar a aprendizagem motora de técnicas a serem usadas durante a fala. Os de linha psicológica tendem a focar os aspectos emocionais que interferem na fala da pessoa que gagueja. Nas duas linhas existem bons tratamentos. A eficácia do tratamento depende da base teórica que o fundamenta, do profissional que o aplica e também da pessoa que gagueja (em termos do seu empenho ao tratamento e do quanto de participação genética e psicológica existe na gagueira daquela pessoa em particular). É bom lembrar que os tratamentos das duas linhas se complementam. Existe, no entanto, poucos profissionais especialistas no tratamento da gagueira.

Toda pessoa que gagueja precisa se tratar?

Não. A opção pelo tratamento depende do nível de gravidade da gagueira, sendo que pessoas que apresentam um nível leve podem não achar o tratamento necessário, e do quanto o indivíduo acha que a gagueira prejudica sua vida, o que tende a estar diretamente relacionado ao nível da gagueira. Convém lembrar que algumas pessoas não se tratam por dificuldades financeiras.

Fonte: Abragagueira

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

NÃO GOSTO DA MINHA VOZ – POSSO MUDÁ-LA ?


Sim, você pode!


A voz é uma dádiva. É um atributo que somente o ser humano tem, como forma de comunicação pela palavra falada. É ela que nos diferencia de outros seres vivos, e nos permite expressar uma gama grande de sentimentos, seja de alegrias, nervosismo, ansiedade, raiva, euforia ou sofrimentos. É ela que nos permite expressar nossas idéias e nossos desejos e também é através da nossa voz que exercemos nosso poder de convencimento. A voz possui características físicas, biológicas e psicoemocionais que, em seu conjunto, deve chegar ao ouvido do interlocutor de forma agradável, para que possamos, assim, chamar esta voz de normal ou adaptada.


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A voz deve ser compatível com a idade, com o sexo, com a estatura física; deve ter flexibilidade, entonação, musicalidade e uma intensidade adequada para determinados momentos.

Algumas vozes são excessivamente roucas, ásperas e soprosas; outras, muito agudas (finas), estridentes, causando no ouvinte uma sensação de invasão e de desconforto auditivo. São várias as causas destas alterações. Geralmente, são patologias (doenças) benignas, facilmente tratadas cirurgicamente e com retorno à normalidade em poucos dias.

Existem vozes que, embora não patológicas, não são do agrado da pessoa, seja por que julga inadequada para sua profissão ou mesmo, simplesmente, porque não gosta, e que podem ser tratadas. Hoje, já é possível tratar-se pessoas com vozes não condizentes para sua idade ou sexo. Homens com vozes femininas ou infantis e mulheres com vozes muito graves, frequentemente confundidas ao telefone, têm, na fonocirurgia e fonoterapia, uma possibilidade de modificar esta situação.

Uma voz inadequada pode gerar um sentimento de inferioridade e de insegurança, trazendo problemas de adaptação e aceitação no convívio social e profissional. O idoso passa a ser reconhecido como tal quando sua voz se torna fraquejada. Um programa de saúde vocal preventivo ou corretivo pode ser instituído em pessoas, ditas da terceira idade, a fim de evitar o “envelhecimento da voz”. Vale lembrar que crianças roucas ou com alterações de voz são motivo de zombaria na escola, acarretando para as mesmas um estigma, que por vezes carregam por toda a vida.

Consulte um fonoaudiólogo e um otorrilolaringologista para uma avaliação. A partir de um diagnóstico firmado, uma terapêutica multiprofissional bem conduzida, com a colaboração do paciente, terá grandes possibilidades de devolver-lhe o prazer de ser dono de uma voz que lhe agrade. A laringologia, exercida por um grupo de profissionais, entre os quais o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, reserva um grande arsenal terapêutico para estes pacientes.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Como lidar com a dislexia na escola

Retirado do site http://cmoreira2.jusbrasil.com.br

A dislexia é uma dificuldade específica de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária.


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Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos. Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente, e realmente não está contemplada nos casos específicos que demandam o AEE (Atendimento Educacional Especializado).

A criança disléxica deve frequentar a escola regular. É importante que a equipe escolar conheça os aspectos característicos da dislexia, o funcionamento leitor do disléxico e esteja pronta e disponível para atender estas necessidades especiais.

Em virtude da ênfase que é dada a determinados distúrbios na sociedade, muitos profissionais pecam ao diagnosticar precocemente as pessoas. Nesse caso em especial, muitas vezes professores por falta de conhecimento passaram a rotular maus leitores como disléxicos e vice-versa.

A dislexia é uma síndrome de origem neurológica. Pode ser genética (desenvolvida) ou adquirida (depois de acidente vascular cerebral, a AVC). O disléxico é potencialmente um mau leitor, embora consiga ler. O disléxico lê, mas lê mal, sua leitura é lenta e sofrível. Só um neurologista, a rigor, tem a competência técnica, em equipe multidisciplinar, juntamente com psicólogos e pediatras, afirmar se uma criança é ou não disléxica.

A dislexia é, pois, uma síndrome para atendimento médico, embora não se trate de uma doença. Para os educadores, o que inclui pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e profissionais de ensino, dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de leitura ou mais precisamente o que entendemos por dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de leitura (DAL).

O processo de aprendizagem de leitura do disléxico é extremamente lento. Quando o indivíduo começar a ler, irá construir ao longo do tempo um estoque de palavras que serão adequadamente armazenadas em seu cérebro. No caso do disléxico, como apresenta dificuldade em nomear letras, sílabas e palavras, e relaciona poucas letras de uma palavra a seus sons, o resultado do armazenamento é desastroso e incompleto. Diante deste quadro, o leitor disléxico necessita muito mais tempo e contato com uma palavra impressa, a fim de que a representação da mesma seja clara e fiel ao que está escrito. Esses leitores dependerão muito do contexto, para chegar ao significado e apreensão da palavra. Material de leitura que lhe traga interesse e significado será mais atrativo a esse leitor ao invés de ser repelido ou ter quem desempenhe a tarefa por ele, criando um abismo entre a sua dificuldade real e a sua possibilidade de aprendizado num tempo diferente.

Na atuação pedagógica, o professor deverá orientar e instruir o aluno, dando dicas simples e específicas de como executar determinado exercício, certificar-se que ele entendeu as instruções dadas (se forem escritas, verificar se o aluno consegue ler e compreender o enunciado, caso seja negativo o professor deverá ler para ele). Não permitir que os colegas o humilhem ou rejeitem por conta de suas dificuldades, evitar pedir ao aluno que leia em voz alta, valorizar suas conquistas, apoiando e favorecendo sempre que possível estratégias lúdicas que auxiliem sua aprendizagem, além de utilizar recursos audiovisuais (computador, jogos, gravador, principalmente imagens), pois tudo isso faz parte de estratégias pedagógicas para alunos com dificuldade de aprendizagem, independente de deficiência, e não necessita de legislação para determinar a prática, apenas de atitudes inclusivas da escola.

A legislação existente a nível educacional não é específica para a dislexia ou dificuldades de aprendizagem, referindo-se apenas à inclusão escolar como um direito de qualquer cidadão, portanto é necessário que a escola promova flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola.

Considerando que não há legislação específica sobre o assunto, tampouco norma legal que obrigue a escola a contratar um leitor para estes alunos, e considerando que os motivos já expostos não indicam essa como a melhor saída para o pleno desenvolvimento do aluno, sugerimos que o aluno seja incluído em atendimento psicológico da rede pública de saúde, cuja solicitação pode ser feita pelo Conselho Tutelar, e que a escola seja solicitada a apresentar um plano de trabalho que contemple as necessidades específicas do aluno, garantindo sua inclusão e respeitando seu tempo de aprendizagem.

Fonte:
http://cmoreira2.jusbrasil.com.br







segunda-feira, 5 de outubro de 2015

TDAH (Transtorno de déficit de atenção)

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Retirado do site www.universotdah.com.br

Nos portadores de Transtorno de Défict de Atenção / Hiperatividade (TDAH) ou Distúrbio de Défict de Atenção (DDA) os neuro-transmissores, dopamina e noradrenalina (substâncias químicas do cérebro que transmitem informações entre as células nervosas) encontram-se diminuídos, fazendo com que a atividade do córtex pré-frontal seja menor. É uma disfunção neurobiológica.
Essa região é a parte mais evoluída do cérebro e supervisiona as funções executivas: observa, guia, direciona e/ou inibe o comportamento, organiza, planeja, e faz a manutenção da atenção e do autocontrole.

Essa disfunção é crônica, herdada na grande maioria das vezes, daí sua presença desde a infância.

Em menor grau há fatores do meio ambiente que podem estar relacionados ao TDAH (DDA):

A nicotina de cigarros fumados pela mãe gestante bem como bebidas alcoólicas consumidas, podem ser causas significativas de anormalidades no desenvolvimento da região frontal do cérebro da criança em gestação.

Crianças expostas ao chumbo entre 12 e 36 meses de idade pode ser outro fator.

Traumatismos neonatais como hipoxia (privação de oxigênio), traumas obstétricos, rubéola intra-uterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano são fatores que também podem contribuir para o surgimento do distúrbio.

O TDAH (DDA) é um transtorno real, um obstáculo real, apesar de não haver nenhum sinal exterior de que algo está errado com o Sistema Nervoso Central.

Antigamente era conhecida como “Disfunção Cerebral Mínima”. Mais tarde passou a chamar-se “Síndrome Infantil da Hiperatividade”. Nos anos 70, o conceito foi ampliado com o reconhecimento do déficit na atenção e do controle dos impulsos. Em 1987 o nome passou a ter a atual denominação: “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade”.

Ao contrário do que se pensava antigamente, o TDAH (DDA) não é superado na adolescência: cerca de 65% das crianças diagnosticadas como portadoras de TDAH continua com os sintomas quando atinge a idade adulta.

Os principais sintomas são: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade ou uma “energia nervosa”.

A impulsividade tem um aspecto positivo, podendo nos levar muitas vezes à ação. O problema é quando ela se torna patológica como no caso do TDAH (DDA), onde há uma falta de planejamento em função da busca intensa e constante da gratificação imediata, das novidades, correndo-se maiores riscos.

Provocar confusão, discutir, viver em conflito consigo e/ou com o(s) outro(s) é uma forma inconsciente de estimulação do córtex pré-frontal, que anseia por mais atividade. A pessoa não percebe esse processo, não o faz de propósito, mas pode ficar viciada em confusão.

O indivíduo que tem TDAH (DDA), é inteligente, criativo e intuitivo mas não consegue realizar todo seu potencial em função do transtorno que tem 3 características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade (ou energia nervosa).

Tem dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro, sem que sua cabeça “voe” para bem longe perdida num turbilhão de pensamentos. Comete erros por falta de atenção a detalhes, faz várias coisas simultaneamente, ficando com vários projetos, tarefas por terminar e a cabeça remoendo todos os “tenho que”. Quando motivado e/ou desafiado, tem uma hiperconcentração.

É desorganizado tanto internamente (mil pensamentos e idéias ao mesmo tempo), como externamente: mesa, gavetas, papéis, prazos, horários...

A impulsividade domina seu comportamento. Pode falar, comer, comprar, trabalhar, ficar em salas de bate papo da Internet, beber, jogar... compulsivamente. Fala e/ou faz o que lhe vem na cabeça sem pensar se é adequado ou não, podendo causar muitos estragos. Costuma ser impaciente, irritadiço, “pavio curto” e com alterações de humor.

Muda com facilidade de metas, planos... é comum ter mais de um casamento ou relacionamento estável.

O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico crônico, na sua grande maioria de origem genética.

Apesar do TDAH (DDA) atingir até 6% da população, é até hoje muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde, que tratam apenas das suas conseqüências.

A falta do diagnóstico e tratamento correto geram grandes prejuízos na vida profissional, social, pessoal e afetiva do indivíduo sem que ele saiba o porquê. Sem tratamento, outros distúrbios vão se associando (comorbidades), a auto-estima fica cada vez mais comprometida, e a pessoa vai se isolando do mundo, sentindo-se muitas vezes um “estranho fora do ninho”.

Fonte: universotdah.com.br

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Dislalia (trocas na fala)

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Retirado do site www.clubedafala.com.br

          A dislalia (do grego dys + lalia) é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente.

A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.

De modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível, podendo o desenvolvimento da linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se observam transtornos no movimento dos músculos que intervêm na articulação e emissão da palavra.

Em muitos casos, a pronúncia das vogais e dos ditongos costuma ser correta, bem como a habilidade para imitar sons. Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma pesquisa das condições físicas dos órgãos necessários à emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes órgãos, ou seja, do palato, lábios e língua, assim como a audição, tanto sua quantidade como sua qualidade auditiva.

As Dislalias constituem um grupo numeroso de perturbações orgânicas ou funcionais da palavra. No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como consequência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.

Quando não se encontra nenhuma alteração física a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.

Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode afetar também a escrita. Um caso clássico característico portador de dislalia são os personagens Cebolinha da Turma da Mônica o Hortelino Troca-Letras (“Elmer Fudd”) do Looney Tunes, que sempre trocam o “R” (inicial e intervocálico) por “L”, no caso de Hortelino, o “R” final também é afetado.

Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos, mas diferentes do real, omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (trocar máquina por mánica) e, por fim, acréscimos de sons.

Dificuldade na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos:

§  Omissão: não pronuncia sons – “omei” = “tomei”;

§  Substituição: troca alguns sons por outros – “balata” = “barata”;

§  Acréscimo: introduz mais um som – “Atelântico” = “Atlântico”.

RECADINHO PARA OS PAIS E PROFESSORES - Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.

§  É importante que o adulto articule bem as palavras, fazendo com que a criança perceba claramente todos os fonemas. – Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção;

§  O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças;

§  O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

Fonte: clubedafala.com.br