segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Distúrbio de aprendizagem

Retirado do site www.fonoorientando.wordpress.com

No Brasil, cerca de 30 a 40% das crianças que freqüentam as primeiras séries escolares apresentam algum tipo de dificuldade, sendo que aproximadamente 3 a 5 % dessa população possuem Distúrbios de Aprendizagem. As dificuldades em aprender são mais comuns em meninos do que me meninas, na proporção de 6:1 (6 meninos para 1 menina).

A aprendizagem é uma atividade individual que refere-se a todas as informações recebidas, as quais recebem um significado; sendo assim,  a dificuldade em aprender indica uma falha na aquisição ou utilização de informações ou na habilidade para a solução de problemas. Desta forma, os distúrbios de aprendizagem podem se manifestar por dificuldades na aquisição e uso da leitura, escrita, raciocínio ou habilidade matemática, podendo envolver problemas na linguagem oral (fala).


Quantificar o número de crianças com Distúrbios de Aprendizagem é uma tarefa difícil, pois há muitas divergências no diagnóstico do Distúrbio de Aprendizagem, que pode muitas vezes ser confundido com dificuldades escolares.

O Distúrbio de Aprendizagem pode levar a criança não só à desmotivação, mas também ao desgaste e reprovação, transformando-a num rótulo dentro da escola, perturbando pais e professores, que passam a buscar todo e qualquer tipo de diagnóstico na tentativa de descobrir as causas, e enfim encontrar soluções.


A criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada” como deficiente, tão pouco como “preguiçosa”. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente ao esperado para crianças da sua idade. A procura por ajuda profissional é de grande importância nesses casos, assim fonoaudiólogos, pedagogos e psicopedagogos são peças fundamentais para o desenvolvimento escolar dessas crianças.

Fatores que influenciam na aprendizagem:
  • Diferenças individuais
  • Habilidades
  • Pré-requisitos gerais e específicos (atenção, memória, audição, visão, compreensão…)
  • Maturação (desenvolvimento do cérebro/ Sistema Nervoso Central e dos órgãos sensoriais)
  • Prontidão (agilidade em processar e elaborar a informação)
  • Motivação
  • Condições sociais e educacionais.

Causas do Distúrbio de Aprendizagem:
  • Fatores genéticos
  • Fatores neurológicos (Disfunção do Sistema Nervoso Central)
  • Fatores ambientais
* Esses fatores podem desencadear o distúrbio de aprendizagem, sendo que fatores pedagógicos e psicopedagógicos podem apenas agravá-los.


Características de indivíduos com Distúrbio de Aprendizagem:
  • Dificuldade para ler e escrever.
  • Redução de léxico (vocabulário pobre).
  • Sintaxe desestruturada (problema na organização das frases).
  • Dificuldade para processar os sons nas palavras.
  • Dificuldade para contar ou lembrar de histórias.
  • Problemas no processamento das informações ouvidas ou vistas.
  • Problemas de percepção táctil e de coordenação motora.
  • Organização Visuoespacial (noção de espaço).
  • Dificuldade na formação de conceitos (não consegue definir as coisas).
  • Dificuldade em fazer cálculos matemáticos.
  • Problemas na prosódia (entonação das palavras).
  • Dificuldade em realizar, organizar, planejar e executar atividades matemáticas.
Fonte: fonoorientando.wordpress.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Doença de Parkinson

Retirado do site www.fonoorientando.wordpress.com

Doença de Parkinson
O médico Neurologista é o profissional indicado para realizar o diagnóstico da Doença de Parkinson. O diagnóstico da doença baseia-se na história clínica do doente e no exame neurológico.
Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da Doença de Parkinson, nem para a sua prevenção.

 Como sabemos que existem diferentes doenças para sintomas parecidos devemos consultar um médico e investigar qualquer mudança que nos perturbe, pois o início da doença é lento e quase imperceptível.

É importante lembrar que atualmente não existe cura para a Doença de Parkinson, com isso estão disponíveis alguns medicamentos capazes de melhorar a maioria dos sintomas. A escolha do medicamento vai depender das condições de cada paciente como a idade, sintomas mais freqüentes e o estágio da doença, que serão levados em conta pelo médico na hora de planejar o tratamento .Porém, a doença pode e deve ser tratada,  mas não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A Fisioterapia, a Terapia Ocupacional e a Fonoaudiologia são especialidades que auxiliam no tratamento da Doença de Parkinson, proporcionando,na medida do possível, o retardo dos sintomas e conseqüentemente a melhoria da qualidade de vida da pessoa doente.


Fonoaudiologia
Principais alterações observadas  na Doença de Parkinson:
–  A voz fica mais fraca, a pessoa fala baixinho e um pouco rouca;
– Dificuldade na articulação das palavras;
– A fala fica monótona, sem ritmo;
– Redução da velocidade da fala;
– Maior dificuldade para engolir, o que da a impressão de aumento da saliva;
– Dificuldade para respirar, o controle da respiração é essencial para engolir e falar;

Com a terapia fonoaudiológica muitos desses sintomas diminuem e em alguns casos até desaparecem. Através de exercícios específicos, o principal objetivo da terapia fonoaudiológica é prevenir futuras alterações que a doença possa causar, mas se as alterações já estiverem presentes a terapia fonoaudiológica terá como objetivo diminuir a rigidez dos músculos, melhorar a força e a movimentação da musculatura do corpo, coordenar movimentos orais, melhorar os movimentos do rosto, melhorar a voz, mastigação e deglutição (ato de engolir).

As manifestações presentes na Doença de Parkinson podem atrapalhar muito a comunicação do doente, por isso aqui estão algumas dicas para melhorar a comunicação:
– Procure falar alto;
– Procure articular melhor as palavras;
– Cuidado com a velocidade da fala, não fale rápido e nem lento demais;
– Mantenha uma postura adequada, é importante falar sempre  de frente para as pessoas;

É sempre bom lembrar que para o sucesso de qualquer tratamento a parceria com a família é fundamental!


Fonte: fonoorientando.wordpress.com

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Estralo no maxilar

Retirado do site www.brasilescola.uol.com.br

A articulação temporomandibular é também conhecida por ATM e fica localizada em frente de cada ouvido. É responsável pela articulação entre crânio e mandíbula, pelos movimentos de abrir e fechar a boca, assim como movimentos laterais que permitem mastigar, bocejar, falar, deglutir, dentre outros. Quando essa articulação que envolve os ossos, músculos, ligamentos e discos têm alguma falha, pode ocorrer uma disfunção temporomandibular ou DATM.



Pode ser em razão de algum traumatismo, excessiva abertura da boca, mordida inadequada, tensão, estresse físico e psicológico, artrite, ranger os dentes, tumores, hábitos nocivos como roer unhas ou alterações hormonais, hábitos como mascar chicletes, má qualidade de sono, excesso de cafeína, sedentarismo, ingestão insuficiente de água, qualidade da alimentação e até depressão.

Essa disfunção causa dores e desconforto nos músculos da mastigação, podendo se estender para pescoço e ombro, estalido nas mandíbulas, modificação na mordida, dor de ouvido, dor de cabeça, dificuldade de abrir totalmente a boca e de mastigar ou bocejar, desgaste dental, zunido, sensação de mordida desajustada, mudança na posição da cabeça, fadiga muscular, dores no peito e nos olhos, tontura não relacionada à labirintite, dor nos dentes, os músculos ficam cansados quando mastiga, sensação de dor no ouvido, nuca, ombros, dor como se fosse sinusite, mas sem a enfermidade diagnosticada.

O diagnóstico é feito pela análise e verificação da mandíbula, do movimento da boca e abertura total da mesma. Além disso, exames como radiografias serão solicitados para que essa imperfeição seja detectada e corrigida. Essa disfunção é cíclica e pode aparecer em maiores períodos de estresse. Em alguns casos é necessário um grupo com neurologista, otorrinolaringologista, endocrinologista, psicólogo, reumatologista e fisioterapeuta para que o diagnóstico e tratamento sejam efetuados com maior precisão e eficiência.

Existem tratamentos que evitam uma cirurgia e melhoram a qualidade de vida da pessoa que possui essa disfunção. O auxílio da Fonoterapia e a utilização de placas de mordida, melhorar a postura, relaxar o maxilar, utilizar técnicas de combate ao estresse, se alimentar saudavelmente, evitar chicletes, ter uma boa qualidade de sono e ir regularmente ao dentista são muito importantes para a verificação da disfunção. Se você conhece alguém com este problema, solicite que procure o dentista para verificação. A disfunção é progressiva e pode causar consequências mais sérias além das dores e estalidos.

Fonte: brasilescola.uol.com.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A Audição

Texto retirado do site www.brasilescola.uol.com.br

O órgão dos sentidos responsável pela audição é a nossa orelha, também chamada de ouvido. A fim de entender melhor sua função, costuma-se dividi-la em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna.



A orelha externa é a nossa orelha, que, com o pavilhão auditivo, capta o som que passa pelo canal auditivo até chegar ao tímpano, onde começa a orelha média. Em nossa orelha externa há glândulas sebáceas responsáveis pela secreção de cera. A função da cera é proteger nossas orelhas média e interna de micro-organismos e poeira que podem causar infecções, prejudicando nossa audição.

A orelha média tem início no tímpano, e quando o som chega a essa estrutura ela imediatamente transfere esse estímulo aos ossículos que fazem parte dela: o martelo, a bigorna e o estribo. Também na orelha média há um canal flexível chamado de tuba auditiva, que permite a comunicação com a garganta. É nesse canal que ocorre a regulação da pressão em nosso ouvido. Se subirmos ou descermos uma serra, podemos perceber uma pressão dentro de nosso ouvido em razão da diferença da pressão atmosférica dentro do ouvido e fora dele. Se bocejarmos ou engolirmos saliva, ocorre a abertura das tubas igualando a pressão, e melhorando essa sensação de pressão no nosso ouvido.

Quando o som chega até o tímpano, ele transfere esse estímulo até os ossículos da orelha média (martelo, bigorna e estribo), que transmitem essas vibrações à orelha interna.  A orelha interna se encontra no osso temporal, em nosso crânio. As vibrações que chegam dos ossículos da orelha média passam por uma membrana, a janela oval, até chegarem à cóclea, um órgão cheio de líquido que lembra a concha de um caracol. No interior da cóclea, além do líquido, há uma membrana repleta de células sensoriais ciliadas que se agrupam no órgão de Corti. Sobre o órgão de Corti há a membrana tectórica, que se apoia sobre os cílios das células sensoriais. Ao estimular os cílios, gera-se um impulso nervoso que é transmitido ao nervo auditivo e consequentemente ao centro da audição no córtex cerebral.

Fonte: brasilescola.uol.com.br

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

10 dicas para manter a sua voz

Texto retirado www.centraldafonoaudiologia.com.br

Quem já ficou rouco ou perdeu a fala sabe bem da importância da voz na vida cotidiana: ela é produzida pela passagem do ar (vinda dos pulmões) nas pregas vocais, o que faz com que vibrem e produzam som. É também por meio dela que podemos nos expressar demonstrando emoções de várias formas como no falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar, etc.
O cuidado com a voz é essencial, sendo uma questão de condicionamento físico. Ficar rouco ou com coceira na garganta com frequência, além de sentir dores ao falar, são sinais de que algo não vai bem. Saiba como cuidar de um de seus maiores bens naturais:



1. Coma maçã
A maçã age como uma limpadora natural da boca e faringe. Ao passar por esses orgãos, ela raspa suas superfícies, impedindo que a saliva grossa chegue à laringe e deixa apenas a saliva fina, facilitando as articulações das palavras. Ótima para cantores, professores e profissionais que trabalham com a voz.

2. Boceje
Esta é uma das ações que diminuem a tensão do pescoço e que funciona como um bom exercício de relaxamento.

3. Evite fumar
Um dos maiores vilões da voz e da laringe é o cigarro que pode provocar irritação, laringite e até um câncer, como é sabido. A nicotina unida à fumaça do cigarro resseca as cordas vocais, fazendo com que a voz fique mais grave e perca sua potência.

4. Evite ingerir grande quantidade de álcool
Álcool irrita as vias respiratórias e altera a qualidade da voz, uma vez que até dá certa sensação de relaxamento, mas também funciona como um anestésico. Com as pregas vocais "amortecidas", fica difícil controlar o esforço realizado ao falar ou cantar. Isso pode levar ao exagero, causando desgastes.

5. Evite as grandes doses de café
A cafeína unida a alta temperatura da bebida, acaba desidratando as pregas vocais além de aumentar a acidez no estômago, causando refluxo e ardor ao falar.

6. Evite pigarrear
A sensação de que tossir ou pigarrear vai limpar a voz, não passa de um mito. Na verdade, o efeito é completamente o contrário.

7. Mantenha o tom normal de voz normal
Gritar ou sussurrar exige naturalmente maior esforço da musculatura, o que pode acarretar em nódulos (ou calos) nas cordas vocais.

8. Beba bastante água
Ingerir bastante líquido em temperatura ambiente é grande ação hidratante e lubrificante pra as cordas vocais.

9. Má alimentação
Passe a remover de seu cardápio alimentos muito condimentados e/ou que causam azia e má digestão. O excesso de tempero como a  pimenta por exemplo, provoca irritações nas pregas vocais, além de causar refluxo gástrico, irritando a garganta.

10. Articulação
Articular bem as palavras enquanto canta ou fala, além de facilitar a comunicação por conta da leitura labial, ainda evita que você tenha que repetir, falar mais alto ou gritar para que seja entendido (a).

Fonte: centraldafonoaudiologia.com.br

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Atraso na fala

Retirado do site www.atrasonafala.com.br

Crianças com atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem podem precisar de ajuda. Demorar para falar ou falar com dificuldade pode significar que a criança tenha algum distúrbio ou transtorno neste processo.
Os professores também podem ajudar a identificar possíveis dificuldades, afinal uma criança passa muito tempo na escola.
Leia com atenção e na dúvida, não hesite em procurar ajuda. E lembre-se, que “esperar” pode ser prejudicial.


Crianças pequenas (até 3 anos de idade):
  1. Atraso no aparecimento das primeiras palavras (já completou 1 ano e ainda não fala “papá” e “mamã”);
  2. Crianças com 18 meses (1 ano e meio) e que ainda não falam ou que apenas usam gestos de apontar; 
  3. Crianças com 2 anos e que falam pouco (apenas algumas sílabas ou palavras isoladas) e que ainda não combinam palavras. Crianças com 2 anos e meio e que ainda não falam pequenas frases ("mamã dá eiti" (mamãe dá leite!), por exemplo. 
  4. Crianças que compreendem tudo, mas que não falam; 
  5. Crianças que brincam pouco, interagem pouco, que são agitadas ou muito quietinhas; 
  6. Crianças que tem dificuldades para imitar ou para repetir o que os pais falam; 
  7. Crianças desatentas, que não olham ou que são indiferentes às situações;
  8. Crianças que não sabem brincar ou não se interessam pelos brinquedos que os pais compram; 

Crianças mais velhas (depois dos 4 anos):
  1. Crianças com vocabulário pobre. Os pais perguntam os nomes dos objetos e não respondem ou confundem os nomes;
  2. Crianças com falam errado, que até os pais, não conseguem compreender tudo o que falam;
  3. Crianças com dificuldade de compreensão. Parecem não entender o que foi pedido, não entender uma brincadeira ou um jogo;
  4. Crianças com dificuldade para aprender novas palavras;
  5. Dificuldade para produzir frases: apresentam fala “truncada”, desorganizada. Frases gramaticalmente incorretas, com dificuldade para conjugação dos verbos, uso dos pronomes;
  6. Crianças que não conseguem contar fatos (não conseguem relatar o que fizeram na escola, por exemplo);
  7. Crianças com dificuldade para contar histórias. Os pais lêem histórias, mas a criança não consegue recontar. 
  8. Crianças que não conseguem manter uma conversa. Que não fazem perguntas ou que respondem o que foi perguntado de forma incorreta. Os pais perguntam uma coisa e a criança responde outra. São descontextualizados (mudam de assunto, falam de forma “esquisita”);
  9. Crianças que não entendem piadas, linguagem figurada, com compreensão literal;
  10. Crianças que apresentam dificuldade para aprender o que é ensinado;
  11. Crianças com alterações na fluência da fala: repetição de sílabas, de palavras, com tiques associados);
  12. Criança que entrou na escola e após 3 meses não apresentou evolução no desenvolvimento da fala;
  13. Pobre interação social (crianças mais arredias, com dificuldade de socialização, que preferem brincar sozinhas);
  14. Crianças com comportamento infantilizado;
  15. Brincadeira pobre, desorganizada e que não consegue brincar de faz-de-conta;
  16. Crianças com dificuldade de coordenação motora, com dificuldade para segurar e manusear os objetos.
  17. Crianças com dificuldade para mastigar e deglutir.
     
Outros fatores importantes e que também devem ser considerados:
  • Se há problemas semelhantes na família (pessoas que têm problemas de fala e linguagem ou algum tipo de deficiência);
  • Histórico de prematuridade/baixo peso. Crianças que ficaram em UTI Neonatal. 
  • Ambiente familiar bilíngue, mas com atitudes desfavoráveis ao desenvolvimento da fala;
  • Pais com perfil superprotetor (“que falam pela criança”); Pais ansiosos; 
  • Ambiente familiar com privação de estímulos (por exemplo, pais trabalham e a criança passa o dia com a babá que pode não estimular a fala e a linguagem de uma forma adequada). Muitas babás são boas cuidadoras, porém pouco estimuladoras.
     
Se você tem dúvidas se o desenvolvimento da fala e da linguagem do seu filho ou filha está adequado ou não, não hesite em procurar um especialista para realizar uma avaliação fonoaudiológica. Não existe uma idade padrão para esta avaliação. Dúvidas e queixas sempre devem ser consideradas!


Fonte: atrasonafala.com.br