Crianças com atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem podem precisar de ajuda. Demorar para falar ou falar com dificuldade pode significar que a criança tenha algum distúrbio ou transtorno neste processo.
Os professores também podem ajudar a identificar possíveis dificuldades, afinal uma criança passa muito tempo na escola.
Leia com atenção e na dúvida, não hesite em procurar ajuda. E lembre-se, que “esperar” pode ser prejudicial.
Crianças pequenas (até 3 anos de idade):
- Atraso no aparecimento das primeiras palavras (já completou 1 ano e ainda não fala “papá” e “mamã”);
- Crianças com 18 meses (1 ano e meio) e que ainda não falam ou que apenas usam gestos de apontar;
- Crianças com 2 anos e que falam pouco (apenas algumas sílabas ou palavras isoladas) e que ainda não combinam palavras. Crianças com 2 anos e meio e que ainda não falam pequenas frases ("mamã dá eiti" (mamãe dá leite!), por exemplo.
- Crianças que compreendem tudo, mas que não falam;
- Crianças que brincam pouco, interagem pouco, que são agitadas ou muito quietinhas;
- Crianças que tem dificuldades para imitar ou para repetir o que os pais falam;
- Crianças desatentas, que não olham ou que são indiferentes às situações;
- Crianças que não sabem brincar ou não se interessam pelos brinquedos que os pais compram;
Crianças mais velhas (depois dos 4 anos):
- Crianças com vocabulário pobre. Os pais perguntam os nomes dos objetos e não respondem ou confundem os nomes;
- Crianças com falam errado, que até os pais, não conseguem compreender tudo o que falam;
- Crianças com dificuldade de compreensão. Parecem não entender o que foi pedido, não entender uma brincadeira ou um jogo;
- Crianças com dificuldade para aprender novas palavras;
- Dificuldade para produzir frases: apresentam fala “truncada”, desorganizada. Frases gramaticalmente incorretas, com dificuldade para conjugação dos verbos, uso dos pronomes;
- Crianças que não conseguem contar fatos (não conseguem relatar o que fizeram na escola, por exemplo);
- Crianças com dificuldade para contar histórias. Os pais lêem histórias, mas a criança não consegue recontar.
- Crianças que não conseguem manter uma conversa. Que não fazem perguntas ou que respondem o que foi perguntado de forma incorreta. Os pais perguntam uma coisa e a criança responde outra. São descontextualizados (mudam de assunto, falam de forma “esquisita”);
- Crianças que não entendem piadas, linguagem figurada, com compreensão literal;
- Crianças que apresentam dificuldade para aprender o que é ensinado;
- Crianças com alterações na fluência da fala: repetição de sílabas, de palavras, com tiques associados);
- Criança que entrou na escola e após 3 meses não apresentou evolução no desenvolvimento da fala;
- Pobre interação social (crianças mais arredias, com dificuldade de socialização, que preferem brincar sozinhas);
- Crianças com comportamento infantilizado;
- Brincadeira pobre, desorganizada e que não consegue brincar de faz-de-conta;
- Crianças com dificuldade de coordenação motora, com dificuldade para segurar e manusear os objetos.
- Crianças com dificuldade para mastigar e deglutir.
- Se há problemas semelhantes na família (pessoas que têm problemas de fala e linguagem ou algum tipo de deficiência);
- Histórico de prematuridade/baixo peso. Crianças que ficaram em UTI Neonatal.
- Ambiente familiar bilíngue, mas com atitudes desfavoráveis ao desenvolvimento da fala;
- Pais com perfil superprotetor (“que falam pela criança”); Pais ansiosos;
- Ambiente familiar com privação de estímulos (por exemplo, pais trabalham e a criança passa o dia com a babá que pode não estimular a fala e a linguagem de uma forma adequada). Muitas babás são boas cuidadoras, porém pouco estimuladoras.
Fonte: atrasonafala.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário