terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Que preguiça de mastigar....

  Retirado do site Guia do Bebê

  Tem criança que dá um trabalhão pra comer. Não estamos falando dos que odeiam verduras e legumes, não. Desta vez as crianças em questão são aquelas que, na verdade, comem de tudo, contanto que esteja bem molinho. Elas são preguiçosas e só querem saber de papinhas.
  Haja imaginação para cozinhar para elas. Tudo tem que passar pela peneira ou pelo liquidificador. Afinal, eles odeiam mastigar.
  Mas será que essas crianças não se prejudicam comendo somente papinhas? É claro que é mais cômodo para eles tomar uma vitamina na mamadeira assistindo televisão do que sentar a mesa e comer um prato de arroz, feijão e bife.
  O problema é que tudo tem sua fase e nenhuma delas deve ser ignorada. Quando chega a hora de comer alimentos mais sólidos, a criança tem que vencer a preguiça e começar a exercitar a mastigação, visando um bom desenvolvimento das estruturas que mais tarde serão responsáveis pela fala e formarão as arcadas dentárias.
                                                 
As fases
  Até os seis meses de idade, é indicado que o bebê se alimente exclusivamente de leite materno. Depois disso, ele já pode começar a ingerir alimentos complementares com um pouco mais de consistência. É aí que entram as papas e conforme o bebê vai se acostumando, as sopas devem ir mudando de consistência.
  Quando aparecerem os primeiros dentinhos, a criança já pode comer pedacinhos de carne e outros alimentos mais sólidos. É nessa hora que os pais devem incentivar o bebê a provar as novidades que aparecem no prato.
  Não se esqueça de fazer elogios a cada alimento que for acrescentado ao cardápio da criança.

Orientações
0 a 3 anos
A alimentação na primeira infância é muito importante. Siga o ritmo do bebê e vá seguindo cada fase, acrescentando novos alimentos.
3 a 6 anos
O exemplo dos pais a mesa é fundamental. Se a criança ver que seus pais não comem verduras e saladas ele vai achar que também não precisa desses alimentos.
6 a 9 anos
Nessa idade a criança pode ficar mais enjoada para comer. Por isso, é importante que ela aprenda a comer de tudo desde pequena, para não dar trabalho mais tarde.

Fonte: Guia do Bebê, 2003

domingo, 23 de janeiro de 2011

GAGUEIRA

A gagueira é uma desordem da fala e não faz parte do desenvolvimento normal de linguagem. Durante a infância, nos anos de aquisição de linguagem é comum que existam períodos variáveis no grau de fluência, decorrentes do amadurecimento neuromotor e das incertezas quanto a que palavra usar e em que estrutura frasal ela fica mais adequada. .
A gagueira decorre de uma pré-disposição hereditária, que associada à fatores estressantes como dificuldade de estruturação gramatical, problemas psicológicos e ambiente conturbado; leva à manifestação dos sintomas.

Ainda não se sabe com exatidão como se dá a interação entre os genes e os fatores ambientais. O que se sabe é que o componente genético parece ser responsável, tanto pelas manifestações mais graves quanto pelas mais brandas da patologia, atuando até mesmo como fator de recuperação espontânea.
As rupturas no fluxo da fala decorrem de alterações na ligação entre a elaboração do que se deseja falar e na produção oral da fala, ou seja, uma falha na conexão entre cérebro e boca.
As situações que geram ansiedade tornam a fala mais difícil para todos, sejam gagos ou fluentes. Não existe conexão entre a causa da gagueira e um déficit de inteligência. Sendo assim, ninguém apresenta 100% de fala fluente e o indivíduo que apresenta alteração na fluência pode ser considerado gago ou apenas disfluente (dependendo da quantidade a da tipologia das rupturas em seu discurso).
No caso das crianças, é importante observar se a gagueira está ocorrendo há mais de seis meses, assim como, ficar atento a que tipo de rupturas ela está apresentando, uma vez que existem as rupturas comuns (que ocorrem normalmente na fala) e rupturas gagas (que estão presentes apenas em pessoas com gagueira).
Em adultos a atenção à fala deve focar também o tipo de ruptura presente e em que circunstâncias ocorrem com mais freqüência, este aspecto é importante porque diante do público, falando sobre um assunto que não dominamos e para pessoas desconhecidas, é normal aparecer falhas na fluência.
Quando a gagueira é detectada é essencial que um auxílio profissional de médico e fonoaudiólogo seja providenciado, profissionais estes que avaliarão e promoverão o tratamento desta patologia.