Atraso de Linguagem diz respeito a um início
tardio no desenvolvimento da linguagem da criança. Tendo em vista que por volta de um a dois anos
de idade a criança deveria ter começado a adquirir e a usar a linguagem, temos
que ficar atentos quando isso não ocorrer, pois algum problema poderá estar
interferindo nesse processo.
Segundo Zorzi (1993), existem dois tipos de
atraso de linguagem:
1 Embora
a criança já tenha atingido ou até mesmo ultrapassado a idade cronológica
esperada, não conseguiu adquirir a linguagem. O atraso manifesta-se na forma de
ausência de linguagem verbal no comportamento infantil.
2 Uma
segunda forma pode ser observada em crianças que, embora já estejam usando
palavras para se comunicar, têm uma linguagem que não se desenvolve com a mesma
velocidade e complexidade constatadas na evolução das demais crianças.
Sendo assim, o retardo de aquisição de linguagem
ocorre quando a criança não apresenta um nível de linguagem adequado em
comparação ao esperado.
Causas:
Conforme Fonseca (1994), o desenvolvimento da
linguagem depende de dois fatores: Um orgânico/afetivo com as características
individuais de cada criança, e outro social resultante do potencial ambiental
edificado pelo grupo a que a criança pertence.
Danos cerebrais devidos a traumatismos ou
doença, ocasionando disfunção e déficits neurológicos, estão entre as causas
orgânicas. Também se enquadram nessa categoria crianças com
privação sensorial, como na deficiência auditiva.
A deficiência mental dificulta o reconhecimento
dos significados e de suas possíveis inter-relações. Se uma criança demonstra
um atraso global no seu desenvolvimento neuropsicomotor, fica claro que a
linguagem também estará comprometida.
No âmbito afetivo, problemas emocionais, como em
crianças emocionalmente imaturas que não aprendem a falar por temer ou rejeitar
as relações comunicativas, ou talvez, pela dificuldade em encontrar as palavras
para expressar seus sentimentos.
No que diz respeito aos problemas ambientais,
podemos citar a privação de experiências, em que as condições familiares são
desfavoráveis ao desenvolvimento da fala, com situações tensas ou agressivas.
O abandono ou, em outro extremo, a
superproteção, com excesso de cuidados com a criança, também dificultam a
aquisição da linguagem, já que os pais tendem a tentar adivinhar o que ela
quer, respondendo prontamente a um simples gesto indicativo.
Tratamento:
O tratamento Fonoaudiológico é de suma
importância, mas para que o trabalho alcance seu objetivo, torna-se fundamental
que haja uma parceria entre escola/clínica/família, na qual a criança sinta-se
mais segura e com total respaldo para desenvolver-se plenamente.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia - www.sbfa.org.br / Fonoaudiologia na
Escola Sacaloski,M.; Alavarsi, E.;
Guerra, G., Lovise,2000.As imagens usadas neste post são de autoria desconhecida, encontradas em sites de busca. Caso você seja o autor, entre em contato para a colocação dos créditos ou remoção.
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