Para que a produção dos sons da fala se dê
adequadamente, é necessário que o movimento dos órgãos envolvidos ocorra com
precisão, velocidade, energia, pressão e coordenação adequada dos grupos
musculares. Além da integridade física,
a integridade neurológica e psicológica são também necessárias para haver uma
boa articulação.
Caso haja déficit ou inadequação em um ou mais
fatores citados acima, teremos a presença de um distúrbio articulatório.
De acordo com Arnaut e Tafla (1996), alguns
fatores podem influenciar o desenvolvimento da aquisição fonológica, tais como:
Fatores orgânicos: má-oclusão dentária,
malformações congênitas do aparelho fonador, hipoacusia, deficiência mental,
afasia, respiração bucal.
Fatores funcionais: Causas ambientais, uso
prolongado de chupeta e mamadeira, problemas emocionais, vícios de articulação.
No geral, pode-se dizer que as causas do
distúrbio articulatório podem ser definidas como qualquer fator que interfere no
desenvolvimento motor, emocional, social e cultural do indivíduo.
Orientações:
Não imite o falar errado da criança, nem peça
para repetir a palavra por achá-la bonita ou engraçada, pois o adulto é o
modelo que ela seguirá para se corrigir, e a repetição fixará o padrão
incorreto.
Quando a criança cometer um erro articulatório,
dê a ela o padrão correto sem repetir o erro (exemplo: se uma criança diz áua
para água, diga você quer água?, enfatizando
o correto), porém não a corrija excessivamente.
Não exija da criança uma produção além da
esperada para sua idade, respeite a ordem da aquisição fonêmica.
Observe se a fala da criança é inteligível e
encontra-se dentro do padrão esperado para sua idade.
Propicie o desenvolvimento da fala, deixando que
a criança expresse oralmente o que deseja, não a atendendo imediatamente após
uma solicitação gestual.
Não use palavras no diminutivo, pois por serem
semelhantes (terminam com inho), dificultam a memorização.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia -
www.sbfa.org.br, Fonoaudiologia na Escola Sacaloski,M.; Alavarsi, E.; Guerra, G.,
Lovise,2000.
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