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A PFP é uma síndrome que representa a manifestação de muitas enfermidades, com mais de 1000 causas conhecidas (MAY, 1986). Elas podem ser divididas em congênitas, traumáticas, neurológicas, infecciosas, metabólicas, neoplásicas, tóxicas, iatrogênicas e idiopáticas. Podem também ser classificadas conforme a altura da lesão no nervo, em três grupos: central ou intracraniana, intratemporal e extratemporal (Blaustein & Gurwood, 1997).
O prognóstico da paralisia de Bell geralmente é bom,
visto que 80 a 90% dos pacientes se curam em um mês. Os outros 15% podem
evoluir para completa degeneração e, geralmente, não mostram sinais de
recuperação entre 03 e 06 meses. Um longo período de tempo de recuperação, gera
sequelas em 95% desses casos (Portinho,
2002).
Com relação à etiologia, diversos estudos
demonstram que a Paralisia de Bell ou idiopática é o diagnóstico mais
frequente, atingindo mais da metade dos casos (Lazarini e Almeida,
2006; PORTINHO, 2002).
Na
pesquisa de Hyden e cols. (1993), a paralisia de Bell foi o diagnóstico de 67%
dos pacientes investigados, baseado na ausência de prova sorológica para
infecções, traumatismos, tumores e/ou herpes zoster. A propósito, Lunan e
Nagarajan (2008) afirmam que a Paralisia de Bell é um diagnóstico por exclusão.
Porém, estudos recentes evidenciaram a positividade
para o DNA viral de herpes simplex 1 e 2 em 29% dos casos de PFP. Explicitando:
quando esse vírus fica latente no gânglio geniculado, possibilita a
identificação do DNA viral na saliva dos pacientes. Esse resultado foi
estatisticamente significante se comparado ao grupo que não apresentava o
quadro de PFP, pois não houve nenhum caso de positividade do DNA viral no
último grupo (LAZARINI e cols. 2006).
Quanto ao sexo, um estudo sobre a incidência de
Paralisia de Bell revelou o predomínio de casos no sexo feminino (66,7%).
Quanto à faixa etária, as mais acometidas foram, respectivamente, terceira,
quarta e sexta décadas de vida. E o acometimento do lado esquerdo foi
ligeiramente superior (55,6%) (Valença
e cols., 2001).
Destaca-se
que a terapia miofuncional em pacientes com PFP ainda é negligenciada por
diversos sistemas de saúde, havendo assim, necessidade da divulgação dos
benefícios funcionais deste tratamento na qualidade de vida dos sujeitos
afetados (Diels, 2000).
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