quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fono na escola


   Nas escolas é vedado ao fonoaudiólogo o atendimento clínico. O papel deste profissional nas instituições de ensino não é o de "patologizar" os alunos e sim assessorar a equipe da escola. O fonoaudiólogo só poderá realizar atendimento clínico em escolas especiais. Sua função primordial é de promover a saúde da comunicação através de um trabalho de prevenção. Este profissional irá transmitir e orientar os demais integrantes da equipe escolar sobre os conhecimentos específicos da sua área, utilizando diversos recursos como: palestras, pequenos cursos, oficinas e  outros.

 

Com os alunos, o trabalho fonoaudiológico tem os seguintes objetivos:

1. Otimizar o desenvolvimento da linguagem oral, leitura e escrita.
2. Conscientizar sobre hábitos inadequados que promovam riscos para a audição e voz.
3. Detectar precocemente, através de triagens,  alterações fonoaudiológicas relacionadas à audição, voz, motricidade orofacial e linguagem oral e escrita para desta forma prevenir futuras complicações.

4. Encaminhar para profissionais, quando necessário, e acompanhar os tratamentos externos à escola.



Objetivos da atuação com os professores

1. Orientar quanto aos cuidados com a voz e estratégias vocais para conservação da mesma.
2. Promover informações sobre alterações fonoaudiológicas, desenvolvimento normal da linguagem oral, leitura e escrita e educação inclusiva através de palestras e outras formas de comunicação.



3. Capacitar o profissional para observar indícios de possíveis alterações fonoaudiológicas que seus alunos venham a apresentar.



No trabalho com os pais, o fonoaudiólogo realiza orientações sobre:



1. O desenvolvimento normal da criança e as alterações fonoaudiológicas comuns na infância.



2. A importância do estímulo familiar para o desenvolvimento da criança. 



3. O possível problema do filho e encaminhar para outros profissionais caso haja necessidade.


A resolução 309 de 2005, disponível no site do Conselho Federal de Fonoaudiologia dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na escola. Quer ler a resolução na íntegra? Acesse: Resolução nº 309

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Você sabia???


  • que brincar, sorrir, trocar olhares e gestos com bebês antes de um ano é uma maneira importante de comunicação?
  • que problemas de atenção e memória podem prejudicar a comunicação?
  • que o trabalho do fonoaudiólogo com o autista melhora sua vida na família, na escola e na sociedade?
  • que crianças com déficit de atenção/ hiperatividade podem apresentar dificuldades de comunicação e também problemas escolares?
  • que o fonoaudiólogo é essencial no diagnóstico e tratamento da dislexia?
  • que aos 4 anos uma criança já fala a maioria dos sons de sua língua?
  • que uma criança pode ouvir, mas não entender o que escutou?
  • que ao redor de 3 anos uma criança conhece mais de 500 palavras e é capaz de contar pequenas histórias?
  • que existe tratamento para os problemas de comunicação depois de um derrame?
  • que 60% dos jovens que sobrevivem aos acidentes de trânsito ficam com problemas da fala?
  • que uma pessoa que não tenha condição de falar pode desenvolver outras formas de se comunicar?
  • que problemas de fala não tratados na infância podem persistir na idade adulta?
  • que pessoas que gaguejam são alvo de preconceito e violência constantes?
  • que gagueira tem tratamento?
  • que pessoas com problemas de comunicação podem ser injustamente julgadas como menos competentes?
  • que para se conseguir uma promoção no trabalho ou um cargo de chefia pode ser fundamental ter uma boa comunicação?
  • que quem se comunica melhor tem mais chance de sucesso na vida, na escola e no trabalho?
  • que a criança que fala errado pode ter dificuldades de aprender a ler e escrever?
  • que quem lê bem escreve melhor?
  • que ler muito devagar pode ser sinal de um problema de aprendizagem?
  • que dificuldades com a matemática podem estar relacionadas com problema de leitura?
  • que a criança pode saber ler e não entender o que leu?
  • que infecções de ouvido no bebê podem prejudicar a fala?
  • que crianças com infecções frequentes de ouvido podem ter dificuldades escolares?
  • que o teste da orelhinha identifica a surdez e é um direito de todos os brasileiros?
  • que há aparelhos de audição do tamanho de um feijão?
  • que som alto no fone de ouvido pode causar surdez?
  • que ambientes ruidosos podem causar rouquidão ou surdez?
  • que dentes toros podem causar problemas de mastigação e de fala?
  • que rouquidão por mais de 15 dias pode ser um problema sério?
  • que rouquidão nas crianças não é bonitinho e nem normal?
  • que respirar pela boca pode causar problemas na fala e voz?
  • que professores faltam 5 dias de trabalho por ano por problemas de voz?
    Texto retirado do folder da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia em comemoração aos 30 anos de regulamentação da profissão!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Paralisia Facial Periférica (PFP)



Retirado do site www.paralisiafacial-fonoaudiologia.com.br
A PFP é uma síndrome que representa a manifestação de muitas enfermidades, com mais de 1000 causas conhecidas (MAY, 1986). Elas podem ser divididas em congênitas, traumáticas, neurológicas, infecciosas, metabólicas, neoplásicas, tóxicas, iatrogênicas e idiopáticas. Podem também ser classificadas conforme a altura da lesão no nervo, em três grupos: central ou intracraniana, intratemporal e extratemporal (Blaustein & Gurwood, 1997).


          O prognóstico da paralisia de Bell geralmente é bom, visto que 80 a 90% dos pacientes se curam em um mês. Os outros 15% podem evoluir para completa degeneração e, geralmente, não mostram sinais de recuperação entre 03 e 06 meses. Um longo período de tempo de recuperação, gera sequelas em 95% desses casos (Portinho, 2002).

Com relação à etiologia, diversos estudos demonstram que a Paralisia de Bell ou idiopática é o diagnóstico mais frequente, atingindo mais da metade dos casos (Lazarini e Almeida, 2006; PORTINHO, 2002).

Na pesquisa de Hyden e cols. (1993), a paralisia de Bell foi o diagnóstico de 67% dos pacientes investigados, baseado na ausência de prova sorológica para infecções, traumatismos, tumores e/ou herpes zoster. A propósito, Lunan e Nagarajan (2008) afirmam que a Paralisia de Bell é um diagnóstico por exclusão.

Porém, estudos recentes evidenciaram a positividade para o DNA viral de herpes simplex 1 e 2 em 29% dos casos de PFP. Explicitando: quando esse vírus fica latente no gânglio geniculado, possibilita a identificação do DNA viral na saliva dos pacientes. Esse resultado foi estatisticamente significante se comparado ao grupo que não apresentava o quadro de PFP, pois não houve nenhum caso de positividade do DNA viral no último grupo (LAZARINI e cols. 2006).

Quanto ao sexo, um estudo sobre a incidência de Paralisia de Bell revelou o predomínio de casos no sexo feminino (66,7%). Quanto à faixa etária, as mais acometidas foram, respectivamente, terceira, quarta e sexta décadas de vida. E o acometimento do lado esquerdo foi ligeiramente superior (55,6%) (Valença e cols., 2001). 

Destaca-se que a terapia miofuncional em pacientes com PFP ainda é negligenciada por diversos sistemas de saúde, havendo assim, necessidade da divulgação dos benefícios funcionais deste tratamento na qualidade de vida dos sujeitos afetados (Diels, 2000).


Paralisiafacial-fonoaudiologia.com.br

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dicas para cuidar da voz

Retirado do site www.clubedafala.com.br

Cuidados básicos que auxiliam a preservar a saúde vocal, prevenindo alterações e doenças vocais devem ser seguidos por todos, principalmente pelos que utilizam mais a voz ou com tendência a apresentar alterações vocais. Para ter uma boa voz, é preciso uma boa saúde vocal e ter boa saúde vocal significa ter uma voz clara, e limpa, emitida sem esforço e agradável ao ouvinte.

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O que fazer para manter a voz saudável?

§  Beba bastante água (em temperatura ambiente) enquanto estiver falando, em pequenos goles. Um corpo permanentemente hidratado significa pregas vocais hidratadas e com melhor flexibilidade e vibração. O ideal é ingerir de 7 a 8 copos por dia, porém, a cor da urina (clara) pode auxiliar no controle de uma hidratação adequada.

§  Preocupe-se em manter uma alimentação equilibrada, sem grande número de horas em jejum, mastigando bem cada alimento a ser ingerido.

§  Coma maçã, pois é adstringente e limpa o trato vocal. Além disso, sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.

§  Use roupas confortáveis e de tecidos que absorvam a transpiração. Roupas leves e folgadas são ideais para quem trabalha com a voz. Sapatos confortáveis favorecem a postura correta.

§  Sono regular, momentos de lazer e atividades físicas adequadas também contribuem para uma boa produção vocal.

§  Procure respirar sempre corretamente, levando ar até o abdômen e expandindo as costelas. Não eleve os ombros e o peito como se fosse um pombo. E o abdômen que tem de se expandir como se estivesse cheio de ar.

§  Enquanto estiver falando, mantenha a postura de corpo ereta, no eixo, porem relaxada, principalmente a cabeça.

§  Evite competir com ruídos externos durante a fala. Fique atento a eles e procure não aumentar o volume de sua voz na tentativa de superá-los.

§  Tente não gritar. Se for possível, opte sempre pelo microfone ao falar em público.

§  Fale pausadamente e de maneira correta, articulando bem as palavras, mas sem exagero.

§  Ter audição normal é importante, pois o monitoramento vocal é realizado pela audição.

§  Ao sentir vontade de tossir ou pigarrear, respire profundamente pelo nariz e engula a saliva várias vezes ou beba água, pois essas ações provocam um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as.

§  Para diminuir a tensão na região dos ombros e do pescoço, boceje e espreguice diversas vezes ao dia.

§  Após o uso intenso da voz, procure permanecer em repouso vocal por algum tempo.

§  Outro fator importante é o ambiente de trabalho. Procure discutir com seus colegas e chefes meios que possibilitem um ambiente de trabalho agradável, capaz de diminuir a tensão e favorecer o diálogo. Uma voz saudável é resultado de cuidados individuais e de ações ambientas.

Os inimigos da voz

§  Cigarro e qualquer tipo de droga irritam a mucosa do trato vocal e aumentam a sensação de pigarro, podendo causar alterações nas pregas vocais.

§  Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. Além de irritarem a mucosa do trato vocal, têm efeito anestésico, que mascara a dor de garganta. As bebidas destiladas são mais prejudiciais que as fermentadas.

§  Sprays, pastilhas e dropes também têm efeito anestésico, mascarando sintomas e permitindo o abuso vocal.

§  Alergias são consideradas prejudiciais à voz. Substancia como fumaça e poeira devem ser evitadas por pessoas alérgicas. As alterações psíquicas podem desencadear crises à medida que aumentam a sensibilidade do organismo, causada pela diminuição das defesas.

§  As mudanças bruscas de temperatura são prejudiciais à voz. As bebidas geladas ou muito quentes também produzem choque térmico no organismo.

§  Bebidas à base de cafeína, refrigerantes, frituras e alimentos pesados, gordurosos ou condimentados podem dificultar a digestão, provocando refluxo gastresofágico. Se você possui tendência à azia e má digestão, evite essas substancias. A “queimação” pode chegar às pregas vocais e irrita-las.

§  Pessoas com predisposição a alterações vocais devem evitar chocolate, leite e derivados antes do uso intenso da voz. Esses alimentos aumentam a secreção do muco no trato vocal, o que induz à produção de pigarro.

§  Ambientes com ar condicionado também devem ser evitados. Nesse caso, o resfriamento é feito com redução da umidade do ar, o que resseca a mucosa do trato vocal, prejudicando a voz.

§  Alguns medicamentos interferem na produção vocal. Evite a automedicação. Cuidado com receitas caseiras (gengibre, romã, vinagre e alho). Não há estudos que comprovem a eficácia desses produtos.

§  Ambiente de trabalho ruidoso, tenso e estressante é prejudicial à voz. Ele propicia tensão corporal e laríngea, e a emissão vocal, nessas condições, e feita com esforço, levando a um desgaste vocal.

§  Gritar constitui-se numas das atitudes mais agressoras para a laringe, pois nesse momento ocorre uma verdade “trombada” entre as pregas vocais. Por esse motivo, o grito deve ser evitado, ficando exclusivo para momento de perigo ou sobrevivência.

§  Cantar de maneira inadequada ou abusiva em videokês ou fazer parte de corais sem preparo vocal.

§  Falar durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe.

Estando livre das tensões e mantendo a respiração adequada à fala, o profissional deve verificar de que forma está articulando as palavras. Todos os órgãos móveis da boca, tais como, língua, bochechas, lábios, palato mole e mandíbula, devem ser bem articulados, produzindo os pontos articulatórios dos fonemas e a forma bucal das vogais de maneira correta. É fundamental que haja harmonia entre a respiração e a articulação, para que a colocação da voz seja feita com naturalidade. Qualquer pessoa pode brincar com sua voz sem cometer esforço, desde que tenha um preparo.

Fonte: clubedafala.com.br

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

OTOSCLEROSE

Retirado do site www.otocentro.com.br

O que é otosclerose?
Otosclerose é o crescimento anormal do osso do ouvido interno. Este osso impede que estruturas dentro do ouvido interno trabalhem corretamente e causando a perda da audição. Em algumas pessoas com otosclerose, a perda auditiva pode ser tornar grave.

Como a otosclerose causa o prejuízo auditivo?
Otosclerose pode causar diferentes tipos de perda auditiva, dependendo de qual estrutura do ouvido for afetada. A otosclerose geralmente afeta o último osso da cadeia, o estribo, que descansa sobre a janela oval. O osso anormal fixa o estribo, a janela oval e interfere na passagem da onda sonora para o ouvido interno.  
A otosclerose geralmente causa uma perda auditiva condutiva causada por um problema no ouvido externo ou médio. Menos frequentemente, a otosclerose pode causar uma perda auditiva neurosensorial (danos nas células sensitivas e/ou nas fibras nervosas do ouvido interno), assim como uma perda auditiva condutiva.
O que causa a otosclerose?
A causa da otosclerose não é totalmente entendida, embora pesquisas tenham demonstrado que a otosclerose tende a ocorrer em famílias e pode ser hereditária, ou seja, passada de pai para filho. Pessoas que tem um histórico familiar de otosclerose são mais sujeitas a desenvolverem a doença. Em média, uma pessoa que tem um pai com otosclerose tem 25% de chance de desenvolver a doença. Se ambos os pais têm otosclerose, o risco aumente para 50%. Pesquisas demonstraram que mulheres brancas de meia meia-idade têm um risco maior de desenvolvimento da doença.
Alguns estudos sugerem uma relação entre otosclerose e alterações hormonais associadas à gravidez. Enquanto a exata causa permanece desconhecida, há algumas evidências associando infecções virais como o sarampo a otosclerose.
Quais são os sintomas da otosclerose?
A perda auditiva é o sintoma mais freqüente da otosclerose. A perda pode aparecer gradualmente. Muitas pessoas com otosclerose primeiro notam que não conseguem mais ouvir sons de baixa freqüência ou não conseguem mais ouvir um sussurro.
Além da perda auditiva, algumas pessoas com otosclerose podem apresentar tontura, problemas de equilíbrio ou zumbido. Zumbido é a sensação de barulho agudo (silvo) nos ouvidos ou na cabeça que acompanha muitas formas de perda auditiva.
Como a otosclerose é tratada?
Em muitos casos, a cirurgia é uma opção de tratamento para otosclerose. Em uma operação chamada de estapedectomia, um cirurgião (otorrinolaringologista ou otologista) substitui o osso afetado por uma prótese que permite que a onda sonora chegue ao ouvido interno. É importante discutir os riscos e as complicações possíveis desse procedimento, assim como os benefícios com o cirurgião. Em casos raros, a cirurgia pode piorar a perda auditiva.
Se a perda auditiva é suave, a cirurgia pode não ser uma opção. Além disso, nessa ocasião, algum grau de perda auditiva persiste depois da cirurgia. Um dispositivo auditivo automático de entrada pode auxiliar algumas pessoas com otosclerose em situações que incluem perda auditiva persistente. O dispositivo amplia o som, compensando a perda auditiva. Um audiologista pode discutir os vários tipos de dispositivos disponíveis e fazer uma recomendação baseado nas necessidades específicas de cada indivíduo.

Otocentro.com.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A ATUAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA ESTÉTICA FACIAL

Retirado do site www.brasilescola.com

   A Fonoaudiologia Estética tem como objetivo trabalhar a musculatura facial através de relaxamentos musculares, exercícios específicos e orientações diárias para que o paciente tenha conhecimento de suas expressões e hábitos, de forma que proporcione condições para modificá-los e obter o que grande parte das pessoas busca: saúde e beleza.


   Geralmente, o tratamento fonoaudiológico estético facial é indicado em casos específicos.
Por exemplo:

• Procedimentos pré e pós-cirúrgicos, em especial as cirurgias de face;

• Mudança de hábitos e qualidade de vida, atenuando tensões musculares nas regiões facial e cervical, com reflexos diretos no relaxamento corporal;
• Tratamento de caráter preventivo e estético-funcional que dispensa procedimentos invasivos ou dolorosos, para homens e mulheres a partir de 30 anos que desejam retardar o aparecimento de sinais de envelhecimento, entre outras diversas necessidades e desejos.

   Considerando que o trabalho do fonoaudiólogo com a face tem como principal finalidade o fortalecimento e balanceamento dos músculos da mesma, permite a adequação da face propiciando o funcionamento correto que os músculos da face necessitam, propiciam benefícios como:

• Fortalecer e sustentar a face;

• Harmonizar o estético e o funcional;

• Aumentar a oxigenação e vascularização da pele;

• Minimizar ou eliminar as mímicas faciais exacerbadas ou inadequadas;

• Eliminar e/ou atenuar as rugas e marcas de expressão,

• Equilibrar as forças musculares da face e pescoço;

• Proporcionar a aquisição de hábitos saudáveis orofaciais e cervicais;

• Adequar à postura, a respiração, a mastigação, a deglutição e a fala.

  Esse tipo de tratamento aplicado pelos fonoaudiólogos apesar de ser uma área de atuação atualmente limitada e pouco divulgada em razão de ser aplicada por outros profissionais, que já estão atuando há mais tempo, tem sido bastante procurada por pessoas que buscam tal serviço e que muitas vezes é desconhecida a real função e os benefícios que tem a oferecer.


Por Elen Cristine M. Campos Caiado – brasilescola.com

Filme sobre dislexia: Como estrelas na terra


Este filme é fantástico! Vale muito a pena assistir! O filme só começa após 8min e 30 seg de vídeo!

SINOPSE DE "COMO ESTRELAS NA TERRA": Ishaan é um garoto de oito anos que não possui muitos amigos. Vive com sua família em um conjunto na Índia. Ishaan apresenta muitas dificuldades na escola, tendo sido reprovado no ano anterior. Já seu irmão é o melhor da classe,tendo sucesso nos esportes também. Após uma reunião com os professores de Ishaan, que informam aos pais que o menino não apresenta avanços na escola, eles decidem enviar o garoto a um colégio interno para que seja disciplinado e consiga êxito nos estudos. Após um período em que se torna cada vez mais triste e solitário, sofrendo severas punições dos professores, Ishaan conhece o professor Nikumbh, que além do trabalho no colégio, leciona também em um colégio para crianças com necessidades educacionais especiais. É o professor Nikumbh que descobre que Ishaan tem dislexia, e com ajuda dele, junto com os outros professores e com a família de Ishaan, que o garoto começa a compreender o mundo da leitura e da escrita e vê sua infância tomar um rumo diferente.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Retirado do site www.abcdasaude.com.br

O que é?

A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.

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Quem apresenta?

Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais frequentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.

Como se desenvolve?

Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola se mostra comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas.

O que causa?

Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.

Como se manifesta?

Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este problema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos, desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um "certo grau" de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas, e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo , uma criança que "apronta todas" em casa, mas na escola se comporta bem, muito provavelmente não tem hiperatividade. O que pode estar havendo é uma falta de limites (na educação) em casa. Na escola, responde à colocação de limites, comportando-se adequadamente em sala de aula.

No adulto, para se ter esse diagnóstico, é preciso uma investigação que mostre que ele já apresentava os sintomas antes dos 7 anos de idade.

Quais são os sintomas da pessoa com desatenção?

Uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendo a maior parte do tempo em suas atividades:

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freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
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com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas;
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com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas;
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freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades;
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com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
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freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
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é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando;
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com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;

Quais são os sintomas da pessoa com hiperatividade?

Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida:

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freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
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com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
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freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);
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com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
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está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
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freqüentemente fala em demasia.

Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:

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freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
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com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;
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freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).

Importância de tratamento médico para os portadores do transtorno.

São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores".

Segundo, para que a criança não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva.

Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar minimizar consequências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas (o que é relativamente frequente em adolescentes e adultos com o problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de conduta.
Como se diagnostica?

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento.

 Como se trata?

O tratamento envolve em alguns casos o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado. E tratamento fonoaudiológico quando envolve aspectos de aprendizado.

Um aspecto fundamental desse tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxílio para que a criança possa reestruturar seu ambiente, reduzindo sua ansiedade. Uma exigência quase universal consiste em ajudar os pais a reconhecerem que a permissividade não é útil para a criança, mas que utilizando um modelo claro e previsível de recompensas e punições, baseado em terapias comportamentais, o desenvolvimento da criança pode ser melhor acompanhado.

Fonte: abcdasaude.com.br