Sim, você pode!
A voz é uma dádiva.
É um atributo que somente o ser humano tem, como forma de comunicação pela
palavra falada. É ela que nos diferencia de outros seres vivos, e nos permite
expressar uma gama grande de sentimentos, seja de alegrias, nervosismo,
ansiedade, raiva, euforia ou sofrimentos. É ela que nos permite expressar
nossas idéias e nossos desejos e também é através da nossa voz que exercemos
nosso poder de convencimento. A voz possui características físicas, biológicas
e psicoemocionais que, em seu conjunto, deve chegar ao ouvido do interlocutor
de forma agradável, para que possamos, assim, chamar esta voz de normal ou
adaptada.
A voz deve ser
compatível com a idade, com o sexo, com a estatura física; deve ter
flexibilidade, entonação, musicalidade e uma intensidade adequada para
determinados momentos.
Algumas vozes são
excessivamente roucas, ásperas e soprosas; outras, muito agudas (finas),
estridentes, causando no ouvinte uma sensação de invasão e de desconforto
auditivo. São várias as causas destas alterações. Geralmente, são patologias
(doenças) benignas, facilmente tratadas cirurgicamente e com retorno à
normalidade em poucos dias.
Existem vozes que,
embora não patológicas, não são do agrado da pessoa, seja por que julga
inadequada para sua profissão ou mesmo, simplesmente, porque não gosta, e que
podem ser tratadas. Hoje, já é possível tratar-se pessoas com vozes não
condizentes para sua idade ou sexo. Homens com vozes femininas ou infantis e
mulheres com vozes muito graves, frequentemente confundidas ao telefone, têm,
na fonocirurgia e fonoterapia, uma possibilidade de modificar esta situação.
Uma voz inadequada
pode gerar um sentimento de inferioridade e de insegurança, trazendo problemas
de adaptação e aceitação no convívio social e profissional. O idoso passa a ser
reconhecido como tal quando sua voz se torna fraquejada. Um programa de saúde
vocal preventivo ou corretivo pode ser instituído em pessoas, ditas da terceira
idade, a fim de evitar o “envelhecimento da voz”. Vale lembrar que crianças roucas
ou com alterações de voz são motivo de zombaria na escola, acarretando para as
mesmas um estigma, que por vezes carregam por toda a vida.
Consulte um
fonoaudiólogo e um otorrilolaringologista para uma avaliação. A partir
de um diagnóstico firmado, uma terapêutica multiprofissional bem conduzida, com
a colaboração do paciente, terá grandes possibilidades de devolver-lhe o prazer
de ser dono de uma voz que lhe agrade. A laringologia, exercida por um grupo de
profissionais, entre os quais o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo,
reserva um grande arsenal terapêutico para estes pacientes.
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