quinta-feira, 22 de outubro de 2015

NÃO GOSTO DA MINHA VOZ – POSSO MUDÁ-LA ?


Sim, você pode!


A voz é uma dádiva. É um atributo que somente o ser humano tem, como forma de comunicação pela palavra falada. É ela que nos diferencia de outros seres vivos, e nos permite expressar uma gama grande de sentimentos, seja de alegrias, nervosismo, ansiedade, raiva, euforia ou sofrimentos. É ela que nos permite expressar nossas idéias e nossos desejos e também é através da nossa voz que exercemos nosso poder de convencimento. A voz possui características físicas, biológicas e psicoemocionais que, em seu conjunto, deve chegar ao ouvido do interlocutor de forma agradável, para que possamos, assim, chamar esta voz de normal ou adaptada.


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A voz deve ser compatível com a idade, com o sexo, com a estatura física; deve ter flexibilidade, entonação, musicalidade e uma intensidade adequada para determinados momentos.

Algumas vozes são excessivamente roucas, ásperas e soprosas; outras, muito agudas (finas), estridentes, causando no ouvinte uma sensação de invasão e de desconforto auditivo. São várias as causas destas alterações. Geralmente, são patologias (doenças) benignas, facilmente tratadas cirurgicamente e com retorno à normalidade em poucos dias.

Existem vozes que, embora não patológicas, não são do agrado da pessoa, seja por que julga inadequada para sua profissão ou mesmo, simplesmente, porque não gosta, e que podem ser tratadas. Hoje, já é possível tratar-se pessoas com vozes não condizentes para sua idade ou sexo. Homens com vozes femininas ou infantis e mulheres com vozes muito graves, frequentemente confundidas ao telefone, têm, na fonocirurgia e fonoterapia, uma possibilidade de modificar esta situação.

Uma voz inadequada pode gerar um sentimento de inferioridade e de insegurança, trazendo problemas de adaptação e aceitação no convívio social e profissional. O idoso passa a ser reconhecido como tal quando sua voz se torna fraquejada. Um programa de saúde vocal preventivo ou corretivo pode ser instituído em pessoas, ditas da terceira idade, a fim de evitar o “envelhecimento da voz”. Vale lembrar que crianças roucas ou com alterações de voz são motivo de zombaria na escola, acarretando para as mesmas um estigma, que por vezes carregam por toda a vida.

Consulte um fonoaudiólogo e um otorrilolaringologista para uma avaliação. A partir de um diagnóstico firmado, uma terapêutica multiprofissional bem conduzida, com a colaboração do paciente, terá grandes possibilidades de devolver-lhe o prazer de ser dono de uma voz que lhe agrade. A laringologia, exercida por um grupo de profissionais, entre os quais o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, reserva um grande arsenal terapêutico para estes pacientes.

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