quinta-feira, 28 de maio de 2015

Fonoaudiologia e os distúrbios de aprendizagem

Retirado do site www.rcfonoaudiologia.worpress.com  

A aprendizagem é um processo evolutivo e constante, que vai além da aprendizagem escolar. Diante deste processo precisamos considerar o sujeito que aprende,  o sujeito que ensina e o ambiente desta aprendizagem e tentar encontrar a possível causa que leva um indivíduo a não aprender.
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Os distúrbios da aprendizagem:
Dislexia
            A dificuldade está relacionada á problemas de memorização de letras ou grupo de letras, falta de ordem ou ritmo na sua colocação, má estruturação de frases, etc. Os disléxicos apresentam boa linguagem oral e são ótimos em cálculos aritméticos, mas necessitam que alguém leia os exercícios propostos para não errarem devido a falhas na interpretação do texto.
            Existem dificuldades de leitura e escrita com os mesmos sintomas, mas cujas causas podem estar em falhas metodológicas ou déficits     sensoriais que podem ser superadas quando recebe ajuda de profissionais qualificados.
            A dislexia é um distúrbio permanente. O disléxico em terapia pode encontrar estratégias para lidar melhor com sua dificuldade, mas sempre irá conviver com ela.
  
Disgrafia
            É uma deficiência na qualidade do traçado gráfico sendo que, essa deficiência pode não ter como causa um déficit intelectual e/ou neurológico. O indivíduo pode ter inteligência média ou acima da média, que por vários motivos apresenta uma escrita ilegível ou demasiadamente lenta, o que lhe impede um desenvolvimento normal da escolaridade.
            A disgrafia pode estar relacionada a dificuldades para escrever corretamente. Nestes casos a “letra feia” é conseqüência das dificuldades para recordar a grafia correta.
            As causas podem estar relacionadas à dificuldades na motricidade fina, desorganização espacial e temporal e transtornos de ritmo.
           
Discalculia
            É a impossibilidade de compreender e processar os símbolos aritméticos, de fazer cálculos ou de ler e escrever números. Em muitos casos existe falta de reconhecimento visual dos números ou confusão entre eles, dissociando-se a quantidade representada do numeral que lhe corresponde.
            São várias as causas relacionadas às dificuldades em aprender a matemática:
. ausência de fundamentos matemáticos e a falta de aptidão: compreendem especificamente as pré-aquisições ligadas à manipulação de objetos e à movimentação corporal e espacial;
.problemas emocionais: envolve a atitudes dos pais, e envolvimento familiar;
. problemas de linguagem: indivíduos podem fracassar em problemas matemáticos porque não conseguem interpretar o texto lido.
            Há uma diferença marcante de indivíduos que fracassam na matemática devido á problemas de linguagem daqueles que têm distúrbio no pensamento quantitativo.
            As dificuldades de linguagem quantitativa se relacionam a questões corporais, ou seja, são deficiências na organização visual-espacial; distúrbio de imagem e esquema corporal; desorientação entre direita e esquerda, concepção limitada de distância e do tempo.
            Portanto devem ser avaliados e tratados por um profissional.
Disortografia
            É a incapacidade de associar corretamente cada grafia ou letra ao fonema correspondente. Diz respeito a qual letra utiliza, ocorrendo assim, muitas trocas. Estas trocas se subdividem em três grupos:
.trocas de natureza auditiva: são trocas de sons auditivamente semelhantes como p/b;  t/d;  f/v;  ch/j;  c/g;  s/z.
. trocas de natureza visual: há um único fonema com várias representações gráficas como s,c,ç,ss;  j,g;  s,z,x. Essas trocas visuais dependem do contato que a criança tem com a escrita, ou seja, da memória visual. Considera-se a troca visual à partir da 3º série.
. trocas de natureza espacial: diz respeito a rotação espacial, ou seja, dos aspectos cognitivos. As letras cujo traçado pode ser confundido espacialmente são p/b;  p/q;  b/q;  m/n.
Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDA/H)
            É a dificuldade em controlar emoções em dirigir a atividade psíquica para um determinado fim, o agir impulsivo, as alterações do sono, a agitação constante, o comportamento por vezes agressivo e a baixa tolerância à frustração.
            O TDA/H raramente é motivo de consulta antes da idade escolar. Normalmente, a família procura ajuda médica quando em situação de aprendizagem formal, a criança apresenta uma atividade motora excessiva, falta de atenção e performance escolar deficitária.
            Pessoas com TDA/H têm dificuldade de fazer uma coisa de cada vez. Além dos medicamentos que ajudam a corrigir o desequilíbrio químico dos neurotransmissores responsáveis pela atenção, controle de impulsos e humor, há a necessidade de acompanhamento terapêutico a fim de ajudar a criança a se entender melhor, organizar-se, ampliando assim suas possibilidades de sucesso.
Fonte: rcfonoaudiologia.worpress.com

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Ceceio. O que é isso?

  Retirado do site www.ufmbb.org.br

   Em alguma ocasião já ouvimos alguém afirmar: “Aquele menino tem língua presa” ou indagar: “Percebeu como ele fala estranho?”, ou comentar: “Que gracinha o modo como ele fala”.
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   Pois bem. Língua presa é um fenômeno que ocorre porque o freio lingual (um filete que fica abaixo da língua) é mais curto e grosso, não deixando que ela se mova para a articulação de todos os sons, fazendo com que as pessoas criem compensações para os sons que não conseguem fazer.
   Contudo, nem sempre essas compensações, os chiados e as trocas na fala significam que o freio é curto. Eles podem ter origens diversas, tais como: deglutição errada, respiração pela boca, maus hábitos orais, como chupar dedo ou chupetas com bico inadequado, ou mamar em mamadeira com furo muito grande. Esses são os principais vilões que acarretam distorções provocadas por hábitos e manias que acabam por alterar a fala.

   O ceceio é uma distorção na fala em decorrência de uma alteração na postura da língua, que se projeta entre os dentes ou se apóia nestes. A projeção pode ser anterior ou lateral e ocorre principalmente na produção dos fonemas /s/ e /z/, dando aos sons semelhança de “x” (ex.: “S(x)abe que eu não s(x)ei?”). Pode estar relacionada ao tônus (força) da língua ou a maus hábitos, como: chupar dedo ou chupeta e alimentação muito pastosa e mole para a idade.
   Nem sempre o problema é puramente estético, pois pode ser causa ou conseqüência de problemas ortodônticos ou respiratórios, sendo que um ajuda a manter o outro. Crianças que respiram pela boca, por exemplo, desenvolvem uma postura incorreta da língua (espalhada no soalho da boca) e dos lábios (sempre abertos). Essa postura acarreta flacidez da musculatura oral e da face, podendo até alterar a fisionomia da criança. A flacidez dos músculos aliada à postura inadequada da língua e dos lábios facilitam a projeção da língua durante a deglutição e a pronúncia dos fonemas.
Tratamento
   Se a causa for o freio curto, pode ser necessária uma pequena cirurgia ambulatorial, apelidada pelos médicos de “pique no freio”. Essa cirurgia é muito simples e pode ser feita em crianças pequenas que nem começaram a falar (prevenindo compensações futuras). A partir da observação do choro da criança, pediatras mais atentos conseguem detectar o problema.
   O tratamento fonoaudiológico para o ceceio (após o diagnóstico e planejamento das atividades específicas) é por intermédio de exercícios, que devem ser realizados todos os dias. A dedicação do paciente é fator fundamental para que o tratamento tenha resultado, já que os exercícios melhorarão a força da musculatura e a posição da língua.

   O tempo de tratamento depende de diversos fatores. Apenas o profissional poderá dizer quando é o momento da alta.
   As dúvidas sempre devem ser discutidas com o fonoaudiólogo. Os resultados ao fim do processo terapêutico são positivos. Quando necessário, serão realizados encaminhamentos a outros profissionais, tais como: ortodontista, alergista e outros. Sempre é tempo para começar um tratamento. O fonoaudiólogo trabalha com pessoas de todas as idades, sejam elas crianças ou adultos.

Fonte: ufmbb.org.br - Fga. Sandra Pereira Felix

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Por que algumas crianças tem dificuldade na fala?

Retirado do site www.atrasonafala.com.br

APRAXIA – É um distúrbio motor da fala, caracterizado pela dificuldade de programação e planejamento das sequencias dos movimentos motores da fala, resultando em erros de produção dos sons (Hall, 2007).
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Quais as manifestações clínicas? Quais as dificuldades apresentadas pelas crianças com Apraxia?
- Bebês são considerados “quietos”; vocalizam e balbuciam pouco;
- Repertório limitado de vogais (dificuldade em produzir as vogais) e de consoantes;
- Variabilidade de erros (a criança pode apresentar diferentes “trocas na fala”). Fala de difícil compreensão;
- Maior número de erros quanto maior a complexidade silábica ou discursiva (quanto mais extensa a palavra, maior será a dificuldade);
- Instabilidade na produção da fala (tem dia que a fala está pior, ou melhor);
- Alteração prosódica (melodia da fala é diferente/”estranha”). Fala pode ser monótona;
- Déficits no tempo de duração dos fonemas, pausas (podem apresentar prolongamentos, hesitações). “Lentidão” para falar.
- Procura do ponto articulatório (a criança fica procurando o ponto articulatório, por exemplo, ao falar “pato”, pode falar “bato” “cato” “lato”…até chegar no “pato”.
- Pobre inventário fonético: pobre domínio dos sons da fala. Os pais têm a impressão de que a criança não sabe o que fazer com a boca, parece desconhecer os movimentos necessários para a fala (não movimenta adequadamente a língua);
- Atraso no aparecimento das primeiras palavras (os pais relatam que demorou a começar a falar);
- Alterações em outros aspectos da linguagem oral (como por exemplo, vocabulário pobre, dificuldade para produzir frases mais elaboradas, para relatar fatos, etc);
- Pode apresentar além da dificuldade motora na fala, outras dificuldades, como na coordenação motora fina, para se alimentar, mastigar, se vestir, para andar de bicicleta (os pais podem perceber uma inabilidade motora geral).

 Existem diferentes terminologias que são utilizadas para Apraxia de Fala, tais como:
Apraxia Desenvolvimental de Fala;
Apraxia Articulatória;
Dispraxia Verbal;
Dispraxia Articulatória Desenvolvimental;
Apraxia Verbal da Infância;
Apraxia Verbal Desenvolvimental;
Síndrome do Déficit de Programação Fonológica, etc
Como é feito o diagnóstico?
A Apraxia é considerada uma desordem da fala, da comunicação e, portanto, o profissional qualificado para dar este diagnóstico é o Fonoaudiólogo, com experiência nesta área. Pode ser necessário também o encaminhamento para outros profissionais, como Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Neuropediatras, etc.

 Deve ser realizada uma avaliação minuciosa de todos os aspectos da fala, da linguagem e da motricidade oral da criança, incluindo as habilidades práxicas. Existem dificuldades que são específicas do quadro, mas podem variar de criança para criança e até na mesma criança, com o avanço da idade. O contexto educacional e familiar no qual a criança está inserida também deve ser analisado.
Com que idade o diagnóstico de Apraxia de Fala pode ser feito?
Muitas vezes, não é possível diagnosticar uma criança com menos de dois anos de idade, porque ainda não conseguirá compreender as instruções específicas para cumprir as tarefas essenciais para o diagnóstico. Entre dois e três anos, podemos suspeitar do quadro e indicar alguns meses de terapia diagnóstica para a confirmação do diagnóstico. A intervenção precoce é muito importante para se obter resultados mais significativos. Os pais preocupados com o desenvolvimento da fala e da linguagem devem sempre procurar ajuda.
Por que falar é tão difícil para estas crianças?
O ato da fala é altamente sofisticado. É um processo cerebral que envolve músculos da boca, da face, da língua, do palato, faringe. O controle motor da fala é complexo e depende de mecanismos cerebrais específicos e acredita-se que nos quadros de Apraxia, estes mecanismos não conseguem se integrar, gerando falhas no processamento, no planejamento e na execução da fala. Crianças com apraxia têm consciência de suas dificuldades, “tentam falar corretamente, mas não conseguem”.
E o tratamento?
Crianças com Apraxia necessitam de atendimento terapêutico individual. Os resultados e progressos podem ser obtidos a longo-prazo. Com a terapia pode haver uma melhora das habilidades comunicativas, mas outros fatores, como a gravidade do quadro e a idade da criança também devem ser considerados. Também deve ser feito um trabalho com a família (Programa de suporte e orientação aos pais) e com a escola (os professores necessitam de orientações). A Apraxia de fala pode acarretar dificuldades que irão persistir na idade adulta.
Se uma criança não tiver progresso significativo, apesar de estar em terapia fonoaudiológica, considerar:
1. O diagnóstico está correto?
2. A frequência de atendimento está adequada?
3. O planejamento terapêutico está adequado?
4. A relação terapeuta-paciente é adequada?
5. O ambiente terapêutico e estratégias terapêuticas são motivadoras? Interessantes?
6. Outros aspectos estão interferindo na evolução da criança?

A parceria com a família deve ser considerada uma extensão do tratamento. Os pais devem observar a terapia e devem receber orientações de como ajudar em casa.
Fonte: Dra. Elisabete Giusti www.atrasonafala.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Dicas para perder o medo de falar em público

Retirado do site www.idealdicas.com
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1) Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra, pois neste momento estará ocorrendo maior liberação da adrenalina.
2) Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos de apresentação, mesmo que não precise
dele. É só para dar mais segurança.
3) Se tiver que ler algum discurso ou mensagem, imprima o texto em um cartão grosso ou cole a folha
de papel numa cartolina, assim, se as suas mãos tremerem um pouco o público não perceberá e você ficará mais tranqüilo.
4) Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais tranquilo que puder,
acerte devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito), olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.
5) No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis. Se entre os componentes da mesa estiver um conhecido aproveite também para fazer algum comentário pessoal.
6) Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer, preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.
7) Antes da apresentação evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais simpática.
8) Antes de fazer sua apresentação, reúna os colegas de trabalho ou pessoas próximas e treine várias vezes. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções, com este cuidado não se surpreenderá diante do público.
9) Se der o branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a sequência. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais a frente voltará ao assunto. Se ainda assim não se lembrar, provavelmente ninguém irá cobrá-lo por isso.
10) Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente
preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.
Fonte: idealdicas.com

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Audição e Equilibrio

Retirado do site www.lugardafala.blogspot.com.br

Inicialmente, destaco duas importantes funções localizadas no ouvido humano: a audição e a capacidade de equilíbrio, que descrevo a seguir.

- função auditiva:
Nós, ouvintes, fomos contemplados com o sentido da audição. É através dele que podemos perceber variação nas vozes, apreciar uma música ou os sons da natureza.
Infelizmente, em algumas pessoas esta capacidade é perdida ou inexistente. Para os casos de surdez, a melhor alternativa, quando possível, é a prevenção. Todavia, quando a perda auditiva já se instalou, há formas de tratamento e este deve iniciar-se assim que for notada a dificuldade auditiva.

A prevenção, a avaliação, o diagnóstico e o tratamento de perdas auditivas são realizados em parceria pelo fonoaudiólogo e pelo médico otorrinolaringologista.

- função vestibular:
Imaginem se não tivéssemos noção de nosso corpo no espaço e caíssemos por aí, sem qualquer orientação espacial! Pois, há estruturas dentro do ouvido que, juntamente com os olhos e o cérebro, são responsáveis por este controle. Uma das queixas freqüentes com o avanço da idade refere-se a alterações no equilíbrio, as popularmente chamadas labirintites.

Apesar de raramente se tratarem de labirintites (infecções do labirinto), as labirintopatias são, sim, causas de profundo desconforto e levam não só idosos, mas indivíduos de todas as idades aos consultórios dos otorrinolaringologistas. As queixas podem variar desde um leve desequilíbrio ou zumbido auditivo até fortes tonturas e quedas, acompanhadas ou não de mal-estar e vômitos.
Juntamente com o médico, o fonoaudiólogo avalia e trata destes problemas com a reabilitação labiríntica ou vestibular que consiste na aplicação de exercícios para o equilíbrio.
Fonte: lugardafala.blogspot.com.br

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fonoaudiologia e Síndrome de Down: fala e linguagem

Retirado do site www,movimentodown.org.br

Sempre que possível, os bebês com síndrome de Down devem ser acompanhados por um fonoaudiólogo logo após o nascimento, pois a hipotonia torna a musculatura da face e da boca mais “molinha”, o que pode prejudicar a amamentação e, posteriormente, o seu desenvolvimento. A regularidade e o enfoque do trabalho realizado vão depender das necessidades dos pais e da criança em diferentes fases da vida. De modo geral, este profissional poderá tratar das seguintes questões:
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– Articulação dos sons, linguagem oral, leitura e escrita;
– Dificuldades de alimentação, como sugar, mastigar e engolir;
– Coordenação entre as funções orais e a respiração;
– Fortalecimento da musculatura da face e da boca.
Quanto tempo dura o acompanhamento com um fonoaudiólogo?Para estimular o desenvolvimento cognitivo e de linguagem, podem ser necessárias intervenções diferentes em cada fase da criança. No caso das crianças com síndrome de Down, a experiência clínica mostra que o desenvolvimento cognitivo é mais eficiente do que o desenvolvimento da linguagem. Além disso, durante o desenvolvimento da linguagem, as crianças começam a entender antes de conseguir se expressar com palavras, ou seja, a linguagem receptiva é mais lenta que a expressiva.
Neste momento, o trabalho do fonoaudiólogo é mais para orientar pais e familiares sobre o desenvolvimento da criança, com o objetivo de fortalecer os músculos da face, além de estimular o desenvolvimento cognitivo e da linguagem. O processo só estará terminado quando a pessoa que tem síndrome de Down tiver condições para comunicar o que pensa e sente sem que haja dificuldades de compreensão, e que tenha condições de interagir e conquistar seu espaço na sociedade onde está inserida.
Diferentes tipos de apoio ao longo do desenvolvimentoO ato de sugar contribui para o crescimento e desenvolvimento das estruturas da face e da boca. Além disso, o leite materno protege o bebê de doenças e infecções – no caso dos bebês com síndrome de Down, eles têm maior propensão a infecções. Mas para que este aleitamento possa ocorrer de forma eficiente, é preciso atenção especial. Por conta da hipotonia muscular, os bebês costumam apresentar dificuldade de sucção, deglutição e coordenação dessas funções com a respiração. O fonoaudiólogo pode contribuir para ajudar a mãe a encontrar a melhor forma de amamentar seu bebê.
Quando a criança passar a comer alimentos sólidos, o fonoaudiólogo também pode ajudar na escolha dos alimentos e colheres que favoreçam o desenvolvimento das estruturas da boca e da face, contribuindo para o fortalecimento muscular. O profissional também poderá oferecer apoio na construção da linguagem e sua relação com as áreas do desenvolvimento humano (neuropsicomotor, cognitivo, emocional e social). Este processo é fundamental para o desenvolvimento da comunicação.
Quanto tempo a criança com síndrome de Down leva para começar a falar?
Quando comparamos fala, linguagem e comunicação, a fala é de longe a mais difícil para crianças com síndrome de Down. Elas entendem muito bem os conceitos de comunicação e linguagem e têm o desejo de comunicar-se desde pequenas. Por isso, a maioria é capaz de se expressar vários meses antes de estar apta a usar a fala.
A maioria das crianças com síndrome de Down vai progredir até usar a fala como principal sistema de comunicação. Muitas começam a utilizar espontaneamente as palavras para se comunicar entre dois e três anos, mas, em geral, este processo é um pouco mais lento, podendo começar até os cinco anos de idade. Entretanto, muitas habilidades podem ser aprendidas precocemente durante o dia a dia da criança, preparando-a para a fala.
Fonte: movimentodown.org.br