Retirado do site www.espaco-dizer.blogspot.com.br
A paralisia cerebral é uma doença do sistema nervoso central, caracterizada por transtornos motores não progressivos que comprometem a coordenação e o tônus muscular.
A origem ocorre desde a concepção até a primeira infância, nos primeiros cinco anos de vida. As causas pré-natais decorrem de lesão no encéfalo antes do nascimento por agentes metabólicos (diabete materna), infecciosos (rubéola materna) ou mecânicos (irradiação), hereditariedade e anormalidade cromossômica. As peri-natais são devido a anóxia, asfixia, traumas e complicações no parto. No período pós-natal, são decorrentes principalmente de doenças infecciosas (meningites, encefalites), distúrbios vasculares, traumas e tumores cerebrais que podem lesar o encéfalo da criança em desenvolvimento.
Nos casos de paralisia cerebral, o fonoaudiólogo desempenha um papel fundamental, atuando para a obtenção de melhor controle dos órgãos fonoarticulatórios, na correção dos distúrbios da fala e no atraso da aquisição da linguagem oral. As alterações fonoaudiológicas encontradas nos portadores de paralisia cerebral apresentam graus variáveis de acordo com o acometimento encefálico.
No que se refere ao sintoma de fala, o objetivo da fonoterapia é desenvolver o sistema fonético-fonológico do paciente através de exercícios voltados para sensibilização dos pontos de articulação.
O trabalho específico com articulação inicia-se por um som (vogais, consoantes ou onomatopeias – ruídos de trens, animais, entre outros). Gradativamente vai passando para a fonação da sílaba, palavra e finalmente frase, isto é, os movimentos articulatórios devem ser inicialmente isolados e depois coordenados. O terapeuta emite o fonema e utiliza figuras e brinquedos para que a criança tenha modelos acústicos e visuais.
Em relação à linguagem oral, o processo terapêutico tem como objetivo intervir por meio de situações propícias ao desenvolvimento do processo de aquisição da linguagem oral. Os atendimentos favorecem diálogos entre terapeuta e paciente que ocorrem durante vivência de situações lúdicas, tais como jogos, cantigas, brincadeiras de faz-de-conta, como recursos para desenvolver habilidades de comunicação.
Nos casos em que os prejuízos causados pela paralisia cerebral não permitem comunicação oral, há a possibilidade de recorrer-se a métodos de Comunicação Suplementar Alternativa.
Torna-se evidente que é indispensável a atuação do profissional fonoaudiólogo desde muito cedo na vida dos sujeitos acometidos pela paralisia cerebral. Para um melhor desenvolvimento do portador de paralisia cerebral é necessário o trabalho fonoaudiológico em conjunto da família, paciente, médicos (pediatra, neurologista, oftalmologista, ortopedista), fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, ortodontista, psicólogo, psicopedagogo e assistente social.
Fonte: espaco-dizer.blogspot.com.br
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