segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Gagueira

Retirado do site www.clubedafala.com.br

O que é gagueira?

É um distúrbio na fluência e na temporalização da fala, segundo uma definição presente em dicionário especializado (*). A fluência refere-se à suavidade, facilidade, falta de esforço com que sons, sílabas, palavras e frases são ligados durante a fala; para uma pessoa que gagueja, a produção da fala é uma atividade trabalhosa, não sendo automática a ligação entre sons, sílabas, palavras e frases como é para uma pessoa considerada normal. 

A temporalização refere-se ao tempo de execução dos sons, sílabas, palavras e frases. Cada som da fala possui um tempo usual para ser dito. O que acontece na fala gaguejada é que alguns sons são pronunciados em um tempo maior que o habitual. Veja exemplos sobre estes dois aspectos no próximo par pergunta-resposta. 
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* NICOLOSI, L.; HARRYMAN, E. & KRESHECK, J. (1996). Vocabulário dos Distúrbios da Comunicação; fala, linguagem e audição. 3ª ed. Porto Alegre, Artes Médicas.

Quais são os sintomas?

Os sintomas externos produzidos pela gagueira na fala de alguém podem ser listados da seguinte forma:

§  Repetição de sons e sílabas. Exemplos: “A-a-atenda o telefone, por favor” e “Atenda o te-telefone, por favor”. Este é um sintoma da dificuldade de ligar os elementos na fala.

§  Prolongamento de sons. Exemplo: “Atenda o telefone, por ffffavor”. Este é um sintoma da alteração na temporalização da fala.

§  Bloqueio de sons (ocorre quando o som fica “travado”, “preso”). Exemplo: “Atenda o [silêncio de alguns segundos] telefone, por favor”. Este é um sintoma da alteração na temporalização da fala.

§  Ocasionalmente essas disfluências também ocorrem na fala dos falantes fluentes, mas aparecem em menor número, sem tensão ou movimentos associados e, principalmente, são seguidos de pronta recuperação da fluência.

§  Existem outros comportamentos que podem ser utilizados por uma pessoa que gagueja na tentativa de mascarar a gagueira.

§  Uso de interjeições; como faz parte da fala de todas as pessoas, confere à fala gaguejada um aspecto “mais normal”. Exemplo: “Atenda éh éh éh o telefone, por favor”.

§  Troca de palavras durante a fala; ocorre quando a pessoa que gagueja antecipa um sintoma da gagueira e resolve evitá-lo. No próximo exemplo, vamos supor que antes da pessoa que gagueja falar a palavra “favor”, ela percebe que vai gaguejar e, em uma tentativa de mascarar o sintoma, troca por “obséquio”: “Atenda o telefone, por obséquio”. Vale lembrar que nem sempre as trocas são adequadas, sendo que, em algumas vezes, a fala pode tornar-se antinatural e a comunicação, comprometida.

§  Simplificação de frases; ocorre quando a pessoa que gagueja percebe que vai gaguejar em uma determinada palavra e resolve excluí-la da fala. Exemplos: ao invés de “Atenda o telefone, por favor” dizer “Atenda o telefone”, “Atenda, por favor” ou “O telefone”. Novamente, nem sempre tais simplificações nas frases soam naturais e a comunicação continua comprometida.

§  Movimentos de partes do corpo na tentativa de liberar um som ou uma sílaba que está bloqueada. Exemplo: “Atenda o [bloqueio do t e fechamento dos olhos]telefone, por favor”. Algumas pessoas que gaguejam repetem continuamente movimentos compensatórios durante a fala.

 Qual é a causa da gagueira?

Não existe uma única causa. A gagueira é encarada atualmente como um distúrbio causado por vários fatores. Existe o fator genético, que geralmente faz com que mais de um membro de uma mesma família seja afetado. Existe o fator orgânico que se refere a situações onde o cérebro da criança foi agredido (por exemplo, partos muito demorados podem causar uma diminuição momentânea da oxigenação do cérebro do bebê e isso pode estar ligado ao aparecimento da gagueira no futuro). Existe o fator social, o qual pode ser favorável ao aparecimento da gagueira quando o ambiente familiar ou escolar é muito agitado, quando as pessoas falam muito rápido ou com uma complexidade linguística muito maior do que é adequada à idade da criança. Por fim, existe o fator psicológico que pode fazer com a pessoa tenha insegurança ou medo na hora de falar; é importante deixar claro que alguns sintomas psicológicos são causa e outros são consequências da gagueira. Os modelos mais aceitos no meio científico, no entanto, consideram a causa da gagueira como multifatorial, ou seja, todos estes fatores estariam envolvidos, em maior ou menor grau (dependendo do caso).

Referência: AbraGagueira/ clubedafala.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

AFASIA

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Retirado do site www.abcdasaude.com.br

A afasia é por si só a perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita.

A comunicação pela linguagem falada é peculiar aos seres humanos, sendo diferencialmente localizada no hemisfério esquerdo e se correlacionando com assimetrias anatômicas (lobos frontal e temporal).

A afasia é um sintoma comum na neurologia clínica, muitas vezes como conseqüência de um acidente vascular cerebral cuja localização geralmente se dá junto à artéria cerebral média esquerda ou nos ramos junto à região do cérebro responsável pela linguagem. Outras podem ser causadas por infecções e manifestações degenerativas locais comprometendo a área especificada.

Existem peculiaridades que diferenciam as afasias e proporcionam ao médico uma determinação da topografia da região afetada, independente da causa, portanto podemos dividi-las em:

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Afasia de Broca
A afasia de Broca caracteriza-se por grande dificuldade em falar, porém a compreensão da linguagem encontra-se preservada. Essa síndrome é também dita como afasia não fluente, de expressão ou motora: os pacientes conseguem executar normalmente a leitura silenciosa, mas a escrita está comprometida. Esses pacientes possuem, ainda, fraqueza na hemiface e membro superior direito (devido à proximidade das regiões afetadas pelo distúrbio circulatório). Os pacientes têm consciência do seu déficit e se deprimem com facilidade (frustração). Entretanto, o prognóstico é bom quanto à recuperação de parte da linguagem falada, embora sejam necessários meses para a realização de uma fala simples, abreviada, ainda que não fluente.
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Afasia de Wernicke
A afasia de Wernicke caracteriza-se por dificuldade na compreensão da linguagem, a fala é fluente e faz pouco sentido. Essa síndrome é também denominada afasia fluente, de recepção ou sensorial. Diferente dos pacientes com afasia de Broca, os pacientes com essa síndrome começam a falar espontaneamente, embora de modo vago, fugindo do objetivo da conversa. Pode existir parafasias, isto é, uma palavra substituindo outra, como chamar uma colher de garfo (parafasia literal), ou um som substituindo outro, como ao chamar uma colher de mulher (parafasia verbal); geralmente, não apresentam fraqueza associada, os pacientes não se dão conta de seu déficit e a recuperação é mais difícil.
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Afasia de Condução
Na afasia de condução, a compreensão está relativamente preservada e a fala é fluente e espontânea. Existe, entretanto, incapacidade de repetir palavras corretamente.
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Afasia Global
Afasia global é a perda de todas as capacidades de linguagem: compreensão, fala, leitura e escrita, sendo causado geralmente por um infarto completo no território da artéria cerebral média esquerda; os pacientes, sendo assim, também apresentam geralmente hemiplegia direita (total perda de força no lado direito do corpo), além de demência associada; o prognóstico é mais reservado.

Fonte: abcdasaude.com.br



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Doença de Alzheimer - Dia mundial

Retirado do site www.abraz.com.br

Setembro é considerado o Mês Mundial da Doença de Alzheimer.
Os estudos e as estatísticas relativas às demências, e, principalmente, à doença de Alzheimer, têm aumentado substancialmente nos últimos anos. Através deles podemos conhecer a atual situação, e nos prepararmos para um futuro não tão distante quanto muitos imaginam, quando os transtornos crescerem substancialmente.

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Há quase 900 milhões de pessoas com mais de 60 anos vivendo no mundo inteiro. O aumento da esperança de vida contribui para o rápido aumento desse número e está associado a um aumento da prevalência de doenças crônicas como as demências. Como mencionado em relatório anterior da ADI (Alzheimer's Disease International), há mais de 100 formas de demência, porém a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência frontotemporal e a demência com corpúsculos de Levy são os tipos mais comuns. Pessoas acima de 60 anos de idade estão mais suscetíveis à demência, porém ela pode afetar pessoas mais jovens também. Nos estágios mais tardios, as pessoas com demência ficam impossibilitadas de realizar tarefas cotidianas e necessitam de cada vez mais apoio.

Prevalência global de demência
A ADI estima haver 46,8 milhões de pessoas no mundo vivendo com demência em 2015. Este número quase irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050. Essas novas estimativas são de 12 a 13% mais elevadas do que as feitas anteriormente em relatório da ADI em 2009.

Incidência global de demência
A cada 3,2 segundos surge um caso novo de demência no mundo. Estimativa esta maior do que a imaginada em 2010. Em relatório anterior já havia sido mencionado que esse aumento será mais expressivo em países de baixa e média renda, sendo responsável por mais de dois terços dos casos até 2050. Atualmente, 58% de todas as pessoas com demência vivem nestes países. A incidência de demência aumenta exponencialmente com o aumento da idade, sendo duplicada a cada 6,3 anos com o avançar da idade.

Os custos da demência no mundo
Por pessoa, os custos são divididos em três subcategorias: custos médicos diretos; custos com cuidados sociais diretos (profissionais cuidadores, instituições de longa permanência); e custos de cuidados indiretos. O custo global das demências aumentou de 604 bilhões de dólares em 2010 para 818 bilhões de dólares em 2015, ou seja, houve um aumento de 35,4%.

Tendências na prevalência e incidência
Quase todas as projeções atuais de epidemia de demência assumem que a prevalência de demência não irá variar ao longo do tempo, e que o envelhecimento da população isoladamente impulsiona o aumento projetado. Deve-se chamar a atenção para o Brasil, que como todo o restante da América Latina, seguirá esta tendência e terá os seus custos aumentados de maneira realmente significativa, principalmente em fases mais avançadas.
Os estudos e as estatísticas relativas às demências, e, principalmente, à doença de Alzheimer, têm aumentado substancialmente nos últimos anos. Através deles podemos conhecer a atual situação, e nos prepararmos para um futuro não tão distante quanto muitos imaginam, quando os transtornos crescerem substancialmente.
Há quase 900 milhões de pessoas com mais de 60 anos vivendo no mundo inteiro. O aumento da esperança de vida contribui para o rápido aumento desse número e está associado a um aumento da prevalência de doenças crônicas como as demências. Como mencionado em relatório anterior da ADI, há mais de 100 formas de demência, porém a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência frontotemporal e a demência com corpúsculos de Levy são os tipos mais comuns. Pessoas acima de 60 anos de idade estão mais suscetíveis à demência, porém ela pode afetar pessoas mais jovens também. Nos estágios mais tardios, as pessoas com demência ficam impossibilitadas de realizar tarefas cotidianas e necessitam de cada vez mais apoio.

Prevalência global de demência
A ADI estima haver 46,8 milhões de pessoas no mundo vivendo com demência em 2015. Este número quase irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050. Essas novas estimativas são de 12 a 13% mais elevadas do que as feitas anteriormente em relatório da ADI em 2009.

Incidência global de demência
A cada 3,2 segundos surge um caso novo de demência no mundo. Estimativa esta maior do que a imaginada em 2010. Em relatório anterior já havia sido mencionado que esse aumento será mais expressivo em países de baixa e média renda, sendo responsável por mais de dois terços dos casos até 2050. Atualmente, 58% de todas as pessoas com demência vivem nestes países. A incidência de demência aumenta exponencialmente com o aumento da idade, sendo duplicada a cada 6,3 anos com o avançar da idade.

Os custos da demência no mundo
Por pessoa, os custos são divididos em três subcategorias: custos médicos diretos; custos com cuidados sociais diretos (profissionais cuidadores, instituições de longa permanência); e custos de cuidados indiretos. O custo global das demências aumentou de 604 bilhões de dólares em 2010 para 818 bilhões de dólares em 2015, ou seja, houve um aumento de 35,4%.

Tendências na prevalência e incidência
Quase todas as projeções atuais de epidemia de demência assumem que a prevalência de demência não irá variar ao longo do tempo, e que o envelhecimento da população isoladamente impulsiona o aumento projetado. Deve-se chamar a atenção para o Brasil, que como todo o restante da América Latina, seguirá esta tendência e terá os seus custos aumentados de maneira realmente significativa, principalmente em fases mais avançadas.

Fonte: abraz.org.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Rouquidão

Retirado do site www.abcdasaude.com.br


O que é?
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Rouquidão é definida como qualquer mudança no caráter vocal.

Ela pode ser:

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Aguda de curta duração ou
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Crônica de longa duração

Como ocorre?

As pregas vocais (cordas vocais) são músculos recobertos por mucosa em posição paralela uma em relação à outra. Estão localizados no interior da laringe (órgão que se localiza na região anterior do pescoço, acima da traquéia que expele o ar dos pulmões).

Sob o comando do cérebro, as pregas vocais juntam-se para estreitar a saída de ar dos pulmões. Esse estreitamento gera um fenômeno físico chamado "som" que, modulado, gera a voz. A voz, articulada, gera a palavra.

Qualquer edema (inchume) ou irregularidade na superfície de revestimento (mucosa) das pregas vocais leva a perturbação desse fenômeno físico. A falta de clareza (limpidez) do som é a rouquidão!

Quais são as causas?
As causas agudas mais comuns são:
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Gripes
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Resfriados
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Após esforços vocais intensos (por edema)
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Angústia ou ansiedade (por atrapalhar o correto posicionamento das pregas vocais uma em relação à outra). Elas ficam afastadas gerando falha do fenômeno físico - som!

As causas mais comuns são:

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Tabagismo
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Sinusites, pneumonias
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Alcoolismo
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Refluxo Gastresofágico (por agressão crônica e edema das pregas vocais);
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Hipotireoidismo
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Reumatismo
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Cantar mal orientado, que pode levar a formação de nódulos, pólipos, lesões pré-cancerosas ou até o câncer das pregas vocais.

 Alterações estruturais mínimas (defeitos no relevo das pregas vocais) podem levar à rouquidão crônica desde a infância ou após esforços vocais.

 Como proceder?

A pessoa acometida de rouquidão por mais de dez dias deve procurar um otorrinolaringologista para uma consulta e um exame visual das pregas vocais.

O tratamento específico é a melhor solução e o auxílio de fonoterapia (com fonoaudióloga) é, por vezes, fundamental.

Caso seja comprovado o Cancêr de Laringe, o melhor resultado é aquele que houver sido diagnosticado mais precocemente. As vezes, estes tumores têm milímetros de extensão!

Fonte: abcdasaude.com.br