O freio lingual é uma prega de tecido localizada embaixo da língua e que se insere na parte de trás da gengiva inferior. O que muitos chamam de “língua presa” refere-se, na verdade, a um freio lingual curto e com inserção anteriorizada.
Em muitos casos, a criança não consegue colocar a língua pra fora e, quando isso é possível, forma-se um sulco no dorso da língua, deixando-a em “forma de coração”. Em bebês, é bastante comum ele ser curto e estreito, dando a impressão de uma língua presa.
Entretanto, o diagnóstico e o tratamento dessa pequena anomalia ainda é motivo de discussão e controvérsias entre os profissionais de saúde. Médicos pediatras, odontopediatras e fonoaudiólogos, muitas vezes, acabam não chegando a um denominador comum.
O tratamento em si, quando necessário, consiste em um procedimento cirúrgico para a remoção do freio e liberação dos movimentos da língua. A grande dúvida é: quando é necessária a frenectomia?
Na verdade, cada caso é um caso. É o comprimento do freio e o grau de restrição dos movimentos da língua que vão ditar todo o processo.
Em casos mais extremos, os movimentos da língua ficam restritos a tal ponto que podem prejudicar a amamentação e, posteriormente, o desenvolvimento da fala. Em situações mais brandas, mesmo tendo o freio considerado curto, a criança não tem nenhum transtorno em seu desenvolvimento, conseguindo uma amamentação tranquila e falando corretamente.
Não existe uma idade certa para se realizar a cirurgia, que poderá ser feita pelo odontopediatra ou por um cirurgião pediátrico, e se existem alterações no padrão da deglutição e no padrão articulatório verbal é importante a intervenção do terapeuta da fala para a reorganização do padrão motor da lingua para a função.
Entretanto, muitos profissionais optam por fazê-la o quanto antes – desde que seja realmente necessária – a fim de evitar qualquer transtorno para o desenvolvimento da criança. Mas, para isso, é importante que médicos, dentistas e fonoaudiólogos estejam em sintonia, falando a mesma língua!
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