Os três primeiros anos de vida têm importância fundamental no
desenvolvimento do cérebro humano e é, portanto, o período ideal para a
aquisição da fala e da linguagem. Para que ocorra a aquisição e o desenvolvimento adequado da fala e da
linguagem, muitos fatores estão envolvidos desde o nascimento do bebê. Entre
eles a boa audição, o desenvolvimento adequado das funções: respiração, sucção,
deglutição e mastigação e a estimulação global da criança.
Para que comece a ocorrer um processo de comunicação a criança deverá se sentir
motivada para isso. A estimulação através de canto, conversas, brincadeiras e leitura propiciam a aquisição de habilidades que favorecem o desenvolvimento. Deverá existir o que se chama de intenção comunicativa
(através da fala serão conseguidos objetos de interesse da criança). Este
aspecto surge através do contato diário com as pessoas e da estimulação que
essa interação propicia. Também devemos considerar a importância da amamentação
materna, alimentação com textura e consistência adequada nas diferentes fases e
a não existência de hábito de sucção de dedo ou chupeta além dos dois anos.
Todos esses fatores contribuem para uma musculatura orofacial adequada à
produção da fala.
Verifique o desenvolvimento da audição e da linguagem de sua criança:
0 a 3 meses: Sua emissão sonora
é muito rica: murmúrios, pequenos sons guturais (vocalizações reflexas),
gritos; vocalização; balbucio; Assusta-se com sons fortes, mas já reconhece e
se acalma com a voz da mãe;
3 a 6 meses: Imita sons
espontâneos e balbucia.Produz sons de forma variada (aaa, eee, hum). Vira a
cabeça para o lado em que ouviu um som, chegando a interromper a atividade para
ouvir um som;
6 a 9 meses: Tenta expressar
suas necessidades através de gestos e/ou vocalizações diferentes de choro.
Entende gestos do tipo “vem cá”, “não”. Inicia o balbucio (dadada, bababa,
mamama). Já localiza sons diretamente para os lados e se interessa por
brinquedos que produzem ruído;
9 meses a 1 ano: Balbucia e presta
atenção à fala das pessoas, além de entender expressões familiares como: não,
tchau, dá. Explora os sons dos objetos;
1 ano e meio (18
meses): Linguagem telegráfica, emprega alguns verbos; Seu vocabulário é de
cerca de 20 a 100 palavras; Começa a juntar palavra sem frases simples:
"qué naná”, "qué papá"; Compreende ordens familiares: não mexa,
dá pra mim, não pode;
2 anos: Forma frases com 3
palavras, emprega substantivos e verbos; nomeia figuras; usa os pronomes “eu” e
“ você“; seu vocabulário é de cerca de 200 a 300 palavras; compreende ordens
faladas;
3 anos: Emprega
substantivos, verbos no indicativo, adjetivos e preposições; Produz todos os
fonemas embora possa omitir os grupos consonantais e arquifonemas. Vocabulário
de cerca de 900 palavras. Nesta época pode ocorrer uma alteração de ritmo de
fala, muitas vezes confundido com gagueira;
4 anos: Emprega
substantivos, adjetivos, advérbios e verbos no futuro. Usa sentenças de 5
palavras. Fala todos os fonemas da língua.
Se o desenvolvimento da criança não seguir a tabela acima procure
fonoaudiólogo e o pediatra.
Importante: Quanto mais cedo for realizada a intervenção das alterações
na aquisição da linguagem, maiores as chances de estimulação e/ou tratamento de
um eventual problema
As imagens usadas neste post são de autoria desconhecida, encontradas em sites de busca. Caso você seja o autor, entre em contato para a colocação dos créditos ou remoção.
Olá, sou a Fonoaudióloga Tatiani Franco, seja bem vindo ao Fonoaudiologia e Você!
segunda-feira, 31 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA
A escrita é uma forma de comunicação, e existe para o
indivíduo a partir do momento em que este já pode ler. Quando o indivíduo se
depara com sinais gráficos que não pode ler a comunicação perde sua função. A
leitura tem a função de tornar a escrita significativa e deve ser valorizada no
processo de alfabetização, pois é uma prática social.
O distúrbio de leitura e escrita é caracterizado pela
dificuldade na aquisição e/ou desenvolvimento da linguagem escrita. Geralmente
são crianças que apresentam déficits tanto na decodificação fonológica quanto
de compreensão da linguagem oral e/ou escrita.
As manifestações são evidentes durante o aprendizado da
leitura e escrita, nos anos pré-escolares podem aparecer alguns sinais de
dificuldades mais amplas de linguagem tais como vocabulário pobre, uso
inadequado da gramática e dificuldades no processamento fonológico.
As imagens usadas neste post são de autoria desconhecida, encontradas em sites de busca. Caso você seja o autor, entre em contato para a colocação dos créditos ou remoção.
Nos anos inicias da escolaridade, além de dificuldades no
reconhecimento das palavras e de compreensão na leitura, podem demonstrar
dificuldades em manter a atenção e narrar fatos e acontecimentos, e problemas
de compreensão do discurso, com freqüência, apresentam uma relação de
sofrimento com a escrita, desinteresse pelas atividades de leitura e escrita,
desconhecimento a cerca de suas funções, frustrações e inseguranças geradas
pelos erros que cometem enquanto leitor e escritor.
Os distúrbios de leitura e escrita têm causas variadas,
podendo ser orgânicas, psicológicas, pedagógicas ou sócio-culturais.
O fonoaudiólogo atua nesta área promovendo o entendimento
da funcionalidade da escrita e da leitura, e no estabelecimento de uma relação
satisfatória e prazerosa na elaboração, interpretação e organização de textos.
Fonte: www.falemelhor.com.br
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