segunda-feira, 31 de março de 2014

Desenvolvimento da Fala e da Linguagem

   Os três primeiros anos de vida têm importância fundamental no desenvolvimento do cérebro humano e é, portanto, o período ideal para a aquisição da fala e da linguagem. Para que ocorra a aquisição e o desenvolvimento adequado da fala e da linguagem, muitos fatores estão envolvidos desde o nascimento do bebê. Entre eles a boa audição, o desenvolvimento adequado das funções: respiração, sucção, deglutição e mastigação e a estimulação global da criança.

   Para que comece a ocorrer um processo de comunicação a criança deverá se sentir motivada para isso. A estimulação através de canto, conversas,  brincadeiras e leitura propiciam a aquisição de habilidades que favorecem o desenvolvimento. Deverá existir o que se chama de intenção comunicativa (através da fala serão conseguidos objetos de interesse da criança). Este aspecto surge através do contato diário com as pessoas e da estimulação que essa interação propicia. Também devemos considerar a importância da amamentação materna, alimentação com textura e consistência adequada nas diferentes fases e a não existência de hábito de sucção de dedo ou chupeta além dos dois anos. Todos esses fatores contribuem para uma musculatura orofacial adequada à produção da fala.
  


   Verifique o desenvolvimento da audição e da linguagem de sua criança:

 0 a 3 meses: Sua emissão sonora é muito rica: murmúrios, pequenos sons guturais (vocalizações reflexas), gritos; vocalização; balbucio; Assusta-se com sons fortes, mas já reconhece e se acalma com a voz da mãe;

3 a 6 meses: Imita sons espontâneos e balbucia.Produz sons de forma variada (aaa, eee, hum). Vira a cabeça para o lado em que ouviu um som, chegando a interromper a atividade para ouvir um som;

6 a 9 meses: Tenta expressar suas necessidades através de gestos e/ou vocalizações diferentes de choro. Entende gestos do tipo “vem cá”, “não”. Inicia o balbucio (dadada, bababa, mamama). Já localiza sons diretamente para os lados e se interessa por brinquedos que produzem ruído;

9 meses a 1 ano: Balbucia e presta atenção à fala das pessoas, além de entender expressões familiares como: não, tchau, dá. Explora os sons dos objetos;

1 ano e meio (18 meses): Linguagem telegráfica, emprega alguns verbos; Seu vocabulário é de cerca de 20 a 100 palavras; Começa a juntar palavra sem frases simples: "qué naná”, "qué papá"; Compreende ordens familiares: não mexa, dá pra mim, não pode;

2 anos: Forma frases com 3 palavras, emprega substantivos e verbos; nomeia figuras; usa os pronomes “eu” e “ você“; seu vocabulário é de cerca de 200 a 300 palavras; compreende ordens faladas;

3 anos: Emprega substantivos, verbos no indicativo, adjetivos e preposições; Produz todos os fonemas embora possa omitir os grupos consonantais e arquifonemas. Vocabulário de cerca de 900 palavras. Nesta época pode ocorrer uma alteração de ritmo de fala, muitas vezes confundido com gagueira;

4 anos: Emprega substantivos, adjetivos, advérbios e verbos no futuro. Usa sentenças de 5 palavras. Fala todos os fonemas da língua.

   Se o desenvolvimento da criança não seguir a tabela acima procure fonoaudiólogo e o pediatra.

   Importante: Quanto mais cedo for realizada a intervenção das alterações na aquisição da linguagem, maiores as chances de estimulação e/ou tratamento de um eventual problema
     
Para falar e ouvir, fale com um fonoaudiólogo.


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quinta-feira, 27 de março de 2014

DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA


A escrita é uma forma de comunicação, e existe para o indivíduo a partir do momento em que este já pode ler. Quando o indivíduo se depara com sinais gráficos que não pode ler a comunicação perde sua função. A leitura tem a função de tornar a escrita significativa e deve ser valorizada no processo de alfabetização, pois é uma prática social.

O distúrbio de leitura e escrita é caracterizado pela dificuldade na aquisição e/ou desenvolvimento da linguagem escrita. Geralmente são crianças que apresentam déficits tanto na decodificação fonológica quanto de compreensão da linguagem oral e/ou escrita.

As manifestações são evidentes durante o aprendizado da leitura e escrita, nos anos pré-escolares podem aparecer alguns sinais de dificuldades mais amplas de linguagem tais como vocabulário pobre, uso inadequado da gramática e dificuldades no processamento fonológico.

Nos anos inicias da escolaridade, além de dificuldades no reconhecimento das palavras e de compreensão na leitura, podem demonstrar dificuldades em manter a atenção e narrar fatos e acontecimentos, e problemas de compreensão do discurso, com freqüência, apresentam uma relação de sofrimento com a escrita, desinteresse pelas atividades de leitura e escrita, desconhecimento a cerca de suas funções, frustrações e inseguranças geradas pelos erros que cometem enquanto leitor e escritor.

Os distúrbios de leitura e escrita têm causas variadas, podendo ser orgânicas, psicológicas, pedagógicas ou sócio-culturais.

O fonoaudiólogo atua nesta área promovendo o entendimento da funcionalidade da escrita e da leitura, e no estabelecimento de uma relação satisfatória e prazerosa na elaboração, interpretação e organização de textos.



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