quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Entenda o AVC

   O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral como é popularmente conhecido, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. Segundo a Organização Mundial de Saúde o AVC pode ser definido como “um sinal clínico de desenvolvimento rápido de uma perturbação focal da função cerebral de possível origem vascular e com mais de 24 horas.” Sendo assim compreendido como uma dificuldade em maior ou menor grau de fornecimento de sangue em uma determinada área do cérebro, ocasionando sofrimento ou morte desta área, consequentemente acarretando perda ou diminuição das funções.



Tipos de AVC


Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro.
O AVC isquêmico pode ocorrer nas seguintes situações;
- TROMBOSE ARTERIAL: É a formação de um coágulo de sangue (como se o sangue “endurecesse”) dentro de um vaso, geralmente sobre uma placa de gordura (aterosclerose), levando a uma obstrução total ou parcial. Os locais mais frequentes são as artérias carótidas e cerebrais. Assim, se houver obstrução total da carótida direita, por exemplo, “à parte da frente da metade direita do cérebro” estará comprometida, determinando problemas (paralisia, perda de sensibilidade, etc.) na metade esquerda do corpo.
- EMBOLIA CEREBRAL: Surge quando um coágulo (formado num coração doente por arritmia, problema de válvula, etc.) ou uma placa de gordura (ateroma), que se desprende ou se quebra geralmente das artérias carótidas, correm através de uma artéria até encontrar um ponto mais estreito, não conseguindo passar e obstruindo a passagem se sangue.

Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro. As hemorragias intracranianas são classificadas de acordo com a localização (extradural, subdural, subaracnóide, intraventricular, intracerebral), a natureza do vaso rompido (arterial, capilar, venoso) ou a causa (primária ou espontânea, secundária ou provocada). Os dois principais sub tipos de AVC hemorrágicos são as Hemorragias Intracerebrais e as Hemorragias Subaracnóides.

- HEMORRAGIAS INTRACEREBRAIS: O sangramento ocorre diretamente no parênquima cerebral. Uma idade mais avançada e uma história de AVC prévio são os principais fatores de riscos para ocasionar uma hemorragia intracerebral. O sangue arterial irrompe sobre pressão e destrói ou desloca o tecido cerebral. Quando o paciente sobrevive a uma hemorragia cerebral, o sangue e o tecido necrosado são removidos por fagócitos. O tecido cerebral destruído é parcialmente substituído por tecido conectivo, glia e vasos sanguíneos neoformados, deixando uma cavidade encolhida e cheia de líquido. Os locais mais afetados são o putâmen, caudado, ponte, cerebelo, tálamo ou substância branca profunda.
O quadro clínico é determinado pela localização e tamanho do hematoma. Ele se caracteriza por cefaleia, vômitos e evolução de sinais focais motores ou sensoriais de minutos a horas. A consciência por vezes se altera desde o início, sendo esta frequentemente uma característica proeminente nas primeiras 24 a 48 horas nos hematomas moderados e grandes. O diagnóstico e a localização são facilmente estabelecidos pela Tomografia Computadorizada, que mostra a elevada densidade do sangue agudo.

- HEMORRAGIAS SUBARACNÓIDE: Ocorre com menos frequência do que a hemorragia intracerebral. Na hemorragia subaracnóide, o sangue extravasa de um vaso arterial para o espaço subaracnóide. O sangue de uma artéria rompida é liberado com uma pressão quase equivalente à pressão arterial sistêmica, ao contrário da hemorragia intracerebral, onde a ruptura arteriolar ocorre mais gradualmente e com pressões menores. A súbita liberação de sangue sob pressão leva a um traumatismo celular direto, bem como rápido aumento da pressão intracraniana. Ela é causada mais comumente pelo vazamento de sangue a partir de um aneurisma cerebral. Outras causas secundárias que podem ocasionar hemorragias subaracnóide incluem malformações arteriovenosas, distúrbios hemorrágicos ou anticoagulação, traumatismo, amiloidose e trombose do seio central. Os sinais e sintomas incluem início abrupto de uma forte cefaleia, vômitos, alterações da consciência e coma; essas alterações ocorrem frequentemente na ausência de sinais focais de localização. A hemorragia subaracnóide afeta pacientes mais jovens e mulheres mais frequentes que os homens. A mortalidade é elevada, podendo chegar até 70% nos quadros mais graves. Entre os que sobrevivem, novos sangramentos imediatamente subsequentes e déficits neurológicos isquêmico tardios por vasoespasmo podem ocasionar uma grave morbidade.

Tratamento do AVC
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.

Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama.

A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital.
Entretanto, ressalta-se alguns sintomas mais característicos do quadro clínico:
• Perda súbita de força em um dos lados do corpo;
• Perda da fala ou compreensão da fala;
• Perda da visão completa de um olho ou de metade do campo visual de ambos os olhos;
• Perda de consciência;
• Convulsões;
• Perda da coordenação;
• Alteração da marcha
Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado, entretanto com o avanço neurocientífico, sabe-se que o AVC pode causar danos depois de apenas 3 minutos.

Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

Cuidados pós-AVC
Em trabalho realizado por Perlini e Faro (2005) falando sobre o cuidar do acidentado vascular cerebral, as autoras trazem apontamentos sobre as mais diversas situações que necessitam ser desempenhadas pelos familiares destes indivíduos, pois dependendo da intensidade do AVC, se faz necessário todo um trabalho em conjunto procurando melhoras significativas o mais breve possível.
Piassaroli(2012,p.135-136) contribui com significativas sugestões e orientações:
• Orientar o cuidador a avaliar a integridade da pele, dos cabelos, das unhas e a higiene bucal do paciente, principalmente quando o mesmo encontrar-se no leito;
• Para maior segurança e independência do paciente no banho, recomenda-se o uso de barras de apoio na parede, o uso de tapetes antiderrapantes e a utilização de uma cadeira no boxe;
• Orientar quanto ao posicionamento na cama e na postura sentada;
• O posicionamento adequado do paciente precisa ser considerado em relação ao ambiente, de modo a incentivá-lo a olhar para o lado comprometido, proporcionar-lhe todos os estímulos visuais, auditivos e sensitivos;
• Orientar os cuidadores a estimular o paciente a utilizar o lado afetado, como por exemplo, ao dialogar com o paciente posicionar-se ao lado do membro comprometido;
• O uso de chinelo deve ser evitado, pois dificulta o andar do paciente. Utilizar sapatos com solado antiderrapante, fácil de colocar e retirar sozinho;
• As camas não devem ser muito baixas, pois dificultam os movimentos de sentar e de levantar;
• Usar fitas adesivas antiderrapantes em pisos escorregadios;
• Instalar corrimãos para oferecer mais segurança ao paciente;
• Estimular sempre o familiar a realizar atividades com o paciente, de modo que ele não fique acomodado ou dependente. Isso evita que o mesmo perca a força muscular, agilidade, interesse e ânimo, essenciais à manutenção da independência funcional e na prevenção de quedas;
• Evitar exercícios que estimulem o padrão flexor, como por exemplo, não realizar exercícios de apertar bolinhas com a mão comprometida, pois esses exercícios fortalecem a musculatura flexora que é padrão no paciente com AVC;
• Não excluir o paciente afásico da conversação ou responder por ele; manter orações curtas e simples, sem muita informação; proporcionar tempo para o paciente responder e trocar de assunto; organizar as perguntas de forma que elas possam ser respondidas com sim, não, ou alguma outra forma de resposta;
• A dança terapia é um método que fornece estímulos, despertando áreas adormecidas, possibilitando autoconhecimento físico, fazendo com que os pacientes criem consciência de ultrapassar seus próprios limites, auxiliando no desenvolvimento do cognitivo, memória, bem-estar geral, coordenação muscular. Essa terapia traz grandes benefícios, como diminuição da rigidez muscular, auto-expressão, interação do paciente consigo mesmo e com os outros, inclusão social e melhorar a qualidade de vida;
• Incentivar o treino em ações bimanuais;
• Manter ambientes bem iluminados, para evitar acidentes domésticos;
• Cuidados com o ombro comprometido durante manipulações, visto que é frequente a dor e a subluxação devido a anatomia da articulação glenoumeral, que predispõe ao quadro;
• Proporcionar ao paciente ambientes ricos em estímulos visuais, auditivos e sensitivos;
• Auxílio a deambulação(locomoção, caminhada), quando necessário, com auxílio de andador, bengala, órtese ou muleta, de acordo com o quadro do paciente.

Fonte:
 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

5 características da audição dos idosos

Conheça alguns fatores que podem desencadear na perda de audição quando a terceira idade chega
 
 
1. A perda de audição se dá nessa fase porque com o avanço da idade, há maior desgaste da estrutura do ouvido.
 
2. Tal processo é gradual e decorre de causas externas como ruídos, má alimentação, estresse, medicamentos e fatores metabólicos ou hereditários.
 
3. O problema é conhecido como presciacusia e é mais comum após os 60 anos, mas pode manifestar-se antes dos 50 anos por fatores genéticos e ambientais.
 
4. O sinais que evidenciam que está na hora de ficar atento são: a dificuldade em ouvir sons agudos, de entender conversas, a necessidade de aumentar o volume da televisão e pedir para repetir frases que lhe dizem, ou maior conforto ao ficar próximo da fonte sonora, além do surgimento de zumbido.
 
5. Muitas vezes o indivíduo se adapta à perda auditiva e só procura ajuda depois de muita insistência da família. O idoso precisa entender que uma boa audição é um fator protetor para situações de perigo.

Fonte: www.revistavivasaude.uol.com.br

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Distúrbio na voz faz professores procurarem fonoaudiologia

Problemas na voz são uma das principais causas de afastamento dos docentes.
Segundo o conselho federal, isso acontece por causa do uso excessivo das cordas vocais.



Professora da rede pública de São Paulo há 19 anos, Marciley Lambert Nikolaus, 39, precisou de acompanhamento específico com um fonoaudiólogo durante quatro meses para tratar de um distúrbio na corda vocal, provocado pelo "mau uso" da voz em sala de aula. À época, Marciley cumpria uma carga horária de 34 aulas semanais: todas em classes lotadas da rede pública de ensino.

"Isso aconteceu em 1998. No começo, eu ficava rouca às sextas-feiras. Depois, comecei a perder a voz às quintas-feiras. Chegou uma época em que eu já não conseguia mais falar às quartas-feiras. Não tinha mais pique e minha voz ficava completamente cansada. Fiquei completamente afônica e resolvi procurar um médico", contou a professora.

Após uma série de exames, o médico constatou que havia uma fenda nas cordas vocais da professora, uma espécie de arranhão. E prescreveu fonoaudiologia durante quatro meses para que ela pudesse se recuperar. "Fiquei afastada durante uma semana. Depois continuei fazendo fono e dando aulas, seguindo as orientações que recebi. De fato, acho que falta informação para os professores, mas também é muito complicado conseguir assistência", disse Marciley.

Segundo dados do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), confirmados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os distúrbios da voz são uma das principais causas de afastamento e pedidos de licenças-médicas dos professores.

De acordo com a professora Juçara Dutra Vieira, presidente do CNTE, um levantamento feito pela entidade com cerca de cinco mil professores de dez estados brasileiros apontou que 22% dos professores já tiveram ou estão em licença-médica para tratar problemas de saúde, entre eles os distúrbios da voz , varizes, problemas de coluna e estresse.

"Os problemas da voz afetam demais os professores. Cada licença-médica significa cerca de três meses fora da sala de aula. Isso causa um desfalque no sistema e é um problema difícil de controlar. Os professores falam muito, cada vez mais alto, forçando cada vez mais a voz. E há pouca assistência na rede pública de saúde nesse sentido", disse a professora Juçara.

De fato, segundo o conselho federal, o atendimento de fonoaudiólogos na rede pública é limitado. "Hoje o atendimento hospitalar é mais direcionado para atender pacientes com seqüelas de algumas doenças, como derrames, por exemplo. A nossa proposta é criar núcleos de atenção à saúde para atender casos de baixa, média e alta complexidade. Trabalhar com a prevenção e não apenas com a recuperação", afirmou Maria do Carmo Coimbra de Almeida, presidente do conselho.

Fonte: g1.globo.com

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Crianças têm mais dificuldade com números do que com letras

Para as crianças, dificuldade com números, chamada de discalculia, é maior do que com letras. Fique atento:
 
É isso o que revela uma pesquisa do Instituto de Neurociência Cognitiva do University College London. A discalculia, como é chamada essa dificuldade, foi diagnosticada entre 3% e 6% das 1,5 mil crianças estudadas, número superior das que sofrem de dislexia (2,5% a 4,3%). Segundo Anita Taub, psicóloga formada pela PUC-SP e pós-graduada em Neurociências pela Unifesp, existem dois tipos de discalculia.


Uma é a que se origina em decorrência de outros fatores como défict de atenção, dislexia ou algum tipo de deficiência mental. A segunda, chamada de discalculia pura, revela a dificuldade em ler números com muitos dígitos, incapacidadede soma simples e de reconhecer os sinais.
 
Para identificar o problema, os pais devem observar se a criança possui dificuldade somente em matemática, apresenta sinais de ansiedase ou não quer ir à escola. “É importante que eles não tachem o filho de preguiçoso logo de cara. Isso pode gerar um trauma”, aconselha Anita. “A discalculia não impede que a criança estude em escola normal. Apenas é necessário uma orientação à instituição de ensino, para que o professor use métodos diferenciados”, finaliza a psicóloga.

Fonte: Revista VivaSaúde

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Como estimular a fala da criança

Quando meu filho vai começar a falar? Qualquer pai e mãe se faz essa pergunta e espera ansiosamente pela primeira palavra do bebê. Em média, as crianças começam a balbuciar com 1 ano. Os primeiros sons estão mais para sílabas do que palavras, como “mã” e “pa”. Mas não importa como aconteça, esse momento trará uma emoção enorme.
 
 
Para que a criança continue desenvolvendo suas habilidades com a fala, é preciso estimulá-la. O jeito mais natural de fazer isso é conversar com os bebês. No entanto, uma pesquisa realizada na Universidade de Chicago (EUA) provou que ações não-verbais podem ser tão importantes quanto o bate-papo para melhorar esse aprendizado.Por exemplo, o ato de apontar para um livro enquanto se diz “a mamãe vai pegar um livro” facilita a memorização dessa palavra.

O estudo avaliou 50 bebês entre 14 e 18 meses e gravou vídeos enquanto eles interagiam com os pais. Uma das descobertas foi que o uso da fala associada a um contexto específico (falar “livro” quando se está perto de uma estante) variou muito de um pai para o outro. Os filhos daqueles que falavam mais palavras relacionadas ao contexto ou aos objetos em questão apresentaram um vocabulário mais amplo três anos mais tarde. Segundo os pesquisadores, com pequenos ajustes nas conversas os pais podem dar um estímulo mais eficiente à fala das crianças.
 
De acordo com a fonoaudióloga Ana Maria Hernandez, coordenadora da equipe de fonoaudiologia do Hospital Santa Catarina (SP), falar dentro de um contexto e fazer gestos (como apontar para o objeto) podem favorecer o aprendizado, pois é uma maneira de o adulto apresentar o mundo para a criança. No entanto, a fala também depende de vários outros fatores para se desenvolver. “Ela é uma expressão da linguagem e, como tal, resulta da integração entre diversos sistemas. A criança precisa estar com o sistema neurológico preservado, a parte motora e psicológica também”. Ou seja, até o carinho que você dá para o seu filho pode fazer diferença no desenvolvimento da fala.
 
A seguir, listamos algumas dicas que você pode adaptar sem muito trabalho ao seu cotidiano:
Narre o mundo
O conceito pode parecer estranho, mas na prática é muito simples. Converse com o seu bebê sobre aquilo que o rodeia. Na hora de trocar a fralda, por exemplo, vá nomeando suas ações: “vou limpar seu bumbum, vamos colocar uma fralda limpinha, você vai ficar cheiroso”. Durante um passeio no parque, apresente as árvores, a grama, os passarinhos. Apontar, como explicado na pesquisa, também é um ótimo recurso porque dá forma às palavras. A criança associa o som ao objeto e fica muito mais fácil decorar o nome dele.

Atenção ao tom de voz
Quando falamos, colocamos sempre uma entonação em nossa voz, que pode significar dor, alegria, tristeza... Não tenha medo de se expressar na frente do seu filho, porque isso vai o ajudar a decodificar as emoções.

Dê atenção e espaço para o bebê
Passar um tempo se dedicando integralmente à criança é importante para criar um ambiente emocional saudável e também para perceber o que ela tem a dizer, mesmo que não o faça com palavras. Dê espaço para a criança demonstrar seus sentimentos e suas vontades. Ou seja, você não precisa ficar falando sem parar na frente do seu filho achando que assim ele vai começar a falar mais cedo. Dar espaço para o silêncio também é importante – ele também é uma forma de comunicação.

Cante. Sem medo de desafinar
Além de conversar, cantar pra criança é essencial. A sonorização, a rima e o ato de cantar transformam a fala em brincadeira, e isso comprovadamente ajuda o desenvolvimento da linguagem, do vocabulário e facilita o período de alfabetização. Outro ponto forte das músicas são os refrões porque a repetição prende a atenção das crianças. Permita que seu filho conviva com diferentes sons e melodias. “Muita gente entra naquela discussão de direitos humanos, que ‘atirei o pau no gato’ passa uma mensagem de violência, mas nos primeiros anos para a criança o que importa é a sonoridade”, diz a pedagoga Eliana Santos, diretora pedagógica do Colégio Global (SP).

Leia histórias e poesias
As histórias, além do estímulo que representam à imaginação, aumentam o vocabulário e a curiosidade sobre a linguagem. Os poemas, assim como as músicas, têm ritmo e sonoridade bem acentuados. Comece com os textos de rimas diretas e, aos poucos, vá sofisticando. Vale lembrar que a leitura não pode ser mecânica. Coloque emoção e pontue cada frase.

Explore sinônimos
Quando seu filho perguntar “qual é o nome disso?”, não se contente em dar uma só resposta. Claro que nem todos os sinônimos ela vai memorizar imediatamente, mas no dia a dia procure variar o jeito como você define as coisas. Eliana dá um exemplo divertido que usava em sua própria casa: “Eu falava para lavar as nádegas em vez de bumbum. Aos poucos, a criança vai enriquecendo seu vocabulário.”

Permita a convivência
Conviver com outras crianças é importante. “Quando uma criança convive com a outra, ela observa muito e repete. Essa troca enriquece sua experiência”, afirma Eliana.

Criança aprende brincando
É isso mesmo. Nada de transformar o aprendizado da criança em algo mecânico. Se a criança está se divertindo e fazendo determinada atividade com prazer, ela aprende muito mais rápido. A dica aqui é: entre pela porta que ela abre para você. Ou seja, se ela se mostrou interessada por um livro específico, em vez de forçar a leitura de outro, ajude-a a explorá-lo. Se ela está tímida, não a obrigue a ficar no colo de todos os parentes da festa. E nada de desespero: se você prestar um pouquinho de atenção, vai identificar a vontade do seu filho em determinado momento.
 
Fonte: Revista Crescer

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

VOCÊ PRECISA SABER SOBRE AUTISMO

10 coisas que você precisa saber sobre o autismo :

1 ) Quanto mais cedo o diagnóstico , melhor . Até mesmo os bebê s podem receber tratamento através de brincadeiras...
2)É preciso“ ensinar a criança autista a aprender”.Ela aprende com a repetição

3)Crianças autistas tendem a não focar o olhar, ou seja, não fazem contato com o olhar. Estimule-a a seguir objetos e pessoas,assim ,seu aprendizado será mais acelerado.

4) Agressões podem ser formas de se comunicar e podem significar vontade de ir ao banheiro ou fome.

5)É preciso prestar atenção no que o autista quer dizer com os gestos.Isso tornará o tratamento mais eficaz.

6)Quando a criança não tem linguagem oral(não fala), é preciso criar uma forma de comunicação ; isto poderá ser feito através de figuras, gestos...

7)A criança com autismo, também reage no seu meio ambiente, não somente diante de situações novas ou outros ambientes,ela pode ficar agitada ou ter reações diferentes em sua própria casa. Tente observar o que mudou, pode ser até mudança no cheiro do ambiente(ex. troca do desinfetante do banheiro, troca do aromatizante ou do seu perfume) , pode reagir diante de alguma cor(ex. não gostar da cor da sua roupa) etc...

8)Irmãos de crianças diagnosticadas com autismo, tem até 10% de chance de também serem autistas, pois há a probabilidade de ter mais de um filho com o espectro;os pais precisam ser informados para que possam saber dos riscos....

9)Para assegurar a integridade física de seus filhos, os pais não devem hesitar em intervir

10)Busque profissionais especializados

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Leitura para turbinar a memória

   Ler está longe de ser a melhor opção para emagrecer. Em uma hora, o organismo consome apenas 126 calorias. Os especialistas, no entanto, garantem que, quando o assunto é manter o cérebro, digamos, “sarado”, a leitura é imbatível. “Nenhuma outra atividade mobiliza tantas variações da memória quanto a leitura de livros, jornais e revistas. Mas não basta simplesmente ler. É preciso refletir sobre o que está sendo lido”, enfatiza o neurologista João Roberto Azevedo. Além de apresentar  problemas de memória e dificuldades de aprendizado, um cérebro sedentário também atrofia as células nervosas e torna o indivíduo mais suscetível a doenças.
 
 
   É por essas e outras que o escritor e médico Moacyr Scliar aconselha o hábito da leitura a todos os seus leitores (e pacientes). Para ele, tão benéfico quanto ler um bom livro é exercitar a escrita. “Escrever um diário, ou manter contato com outras pessoas por cartas e e-mails, é um ótimo estímulo para as nossas células cerebrais”, afirma o escritor. Scliar gosta tanto do tema que escreveu uma crônica bem-humorada sobre os efeitos terapêuticos da leitura. Em Ler faz bem à saúde, o escritor diz que, “entre ir à farmácia e comprar alguma substância duvidosa para fortificar o cérebro, ou escolher um bom livro, recomenda a última opção”. E explica o porquê: “É mais eficiente, mais barata, dá mais prazer e, a menos que a pilha de livro na mesa de cabeceira caia em cima do leitor, não tem efeitos colaterais”.

Fonte: Revista VivaSaúde