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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Doença de Alzheimer (DA) e disfagia

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência. É uma doença degenerativa do sistema nervoso central, de caráter lento e progressivo, que acomete inicialmente a memória e progride para outros domínios cognitivos. À medida que a DA evolui, os pacientes tornam-se cada vez mais dependentes. Iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se torna inviabilizada e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral.
As alterações na deglutição dos pacientes com DA iniciam-se com queixa de engasgos durante a ingestão de alimentos, principalmente líquidos. Com a progressão da doença o paciente pode ter dificuldades com outras com outras consistências, o que leva ao comprometimento da condição nutricional.
 
Há relatos de dificuldades de gerenciamento da deglutição nas fases iniciais, porém os problemas mais expressivos apresentam-se nas fases moderada e grave da DA, o que leva ao comprometimento da condição nutricional.
 
Fase inicial:
Não se observa queixas específicas de alteração da deglutição. Há relatos de mudanças de hábitos alimentares.
 
Fase moderada:
É caracterizada por mudanças significativas nas habilidades cognitivas, que impactam na autoalimentação e deglutição. Alterações da memória podem levar o indivíduo a esquecer o que comeu, quando comeu e qual o horário da próxima refeição.
 
Dificuldades perceptuais e espaciais resultam em dificuldade para localizar louça e talheres e reconhecer comida e utensílios.
 
Apraxia de membros e apraxia oral podem levar à dificuldades na utilização de talheres e realização de ações voluntárias como abrir a boca e manipular o alimento na cavidade oral.
 
Alterações da linguagem podem levar à dificuldade em expressar as preferências alimentares e compreender instruções dadas durante as refeições.
 
Nesta fase é importante identificar a segurança da deglutição e gerenciar a capacidade de manutenção da dieta via oral. A cognição é um fator importante para considerar se o paciente terá condições de aprender a estratégias que minimizem os riscos.
 
Os familiares/cuidadores devem ser orientados e treinados quanto a melhor consistência de dieta a ser oferecida, o utensílio utilizado para oferta dos alimentos, o volume oferecido, manobras ou posturas utilizadas para a deglutição (a depender da condição cognitiva) e o ritmo de oferta dos alimentos.
 
É importante que todos estejam familiarizados com o processo de evolução da doença para que futuramente tenham condições e oportunidade de participar das decisões.
 
Fase grave:
Nesta fase, a quantidade de alimento ingerido pode ser insuficiente. O tempo de refeição aumenta de forma significativa. A indicação de uma via alternativa de alimentação pode ser necessária (quando a via oral ocorrer de forma insuficiente ou quando a mesma representar risco para aspiração). Esta indicação deve ser criteriosa e depende da decisão conjunta da equipe multiprofissional e familiares/cuidadores.
 
Algumas orientações e condutas podem permitir ao paciente disfágico uma alimentação via oral mais segura.
 
Estas orientações estão relacionadas à:
1- Consistência dos alimentos:
A consistência dos alimentos é modificada, ao longo do curso da doença, se necessário.
 
A umidificação dos alimentos é indicada para a maioria dos pacientes. Em geral, a dieta de menor risco é a consistência pastosa homogênea (consistência de creme).
 
O importante é a garantia de um desempenho seguro (sem a entrada de saliva/ alimentos/líquidos no pulmão) durante todas as refeições.
 
2-Uso de espessantes alimentares:
São produtos industrializados que modificam instantaneamente a textura e consistência dos alimentos, não alterando o sabor.
 
São bastante utilizados para espessamento de líquidos, pois tendem a ser a consistência mais difícil por exigir adequado controle oral, agilidade e coordenação da musculatura envolvida na deglutição.
 
3- Posicionamento durante a alimentação:
Uma posição correta durante a alimentação dificulta a entrada dos alimentos nos pulmões, deixando a alimentação mais segura.
 
Durante as refeições é importante que o paciente permaneça sentado, com o tronco reto e a cabeça erguida. Caso não seja possível, tente manter o tronco o mais reto que puder ou pelo menos a 45º (figura abaixo). Use como apoio, travesseiros, almofadas, rolos de toalhas ou lençóis.
 
 
4- Ambiente:
O ambiente onde o paciente será alimentado deverá ser calmo, oferecer o mínimo de distratores assim como televisores e rádios deverão ser desligados. Conversas paralelas deverão ser evitadas.
 
5- Higiene oral:
Pacientes com precário estado de conservação dentária estão mais propensos a broncopneumonias.
 
Para manutenção adequada da higiene oral e para retirada da placa bacteriana é necessária a ação mecânica de escovação dos dentes.
 
O uso de uma pasta que tenha boa ação bactericida é indicada quando ainda o paciente tem condições de fazer “bochecho”.
 
Caso esteja em uma fase que já não consegue bochechar, sugere-se a utilização da própria escova e de um antisséptico a base de clorexidina a 0,12% sem álcool, não sendo necessário o enxágue.
 
6- Via alternativa de alimentação:
A nutrição enteral é indicada a pacientes que possuem risco para aspiração ou para aqueles com ingestão alimentar insuficiente por via oral.

Cabe à equipe médica optar pela sonda naso-enteral (SNE) ou gastrostomia (GTT). A sonda naso enteral é um tubo flexível inserido no nariz. Recomenda-se que seja usada no máximo por um mês, mas na prática clínica isso não acontece. Para pacientes sem condições de manutenção de via oral exclusiva (se alimentar somente por boca), a gastrostomia é indicada. É um procedimento simples e realizado por via endoscópica.

Sinais de alerta

1- Tosse ou engasgo com alimento ou saliva;
2- Pneumonias de repetição;
3- Refluxo gastro-esofágico;
4- Febre sem causa aparente;
5- Sensação de bolo na garganta;
6- Recusa alimentar;
7- Sonolência durante as refeições;
8- Presença de sinais clínicos de aspiração: dispnéia (falta de ar), voz molhada (som borbulhante)

A constatação desses sinais de alerta, isoladamente ou em conjunto, são essenciais para definição da conduta em relação à manutenção da dieta VO (por boca).
Em caso de dúvida, peça orientação para um profissional especializado.

Fonte:http://leandrafono.blogspot.com.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O que é disfagia??

   Disfagia pode ser definida como dificuldade de deglutição. Caracteriza-se por um sintoma comum em diversas doenças. Por exemplo:
    1. Pessoas com problemas no desenvolvimento;
2. Acidente vascular cerebral (AVC);
3. Doenças neuromusculares progressivas;
4. Desordens musculares;
5. Desordens endócrinas;
6. Doenças de Alzheimer em estágio final;
7. Câncer de cabeça e pescoço.
 
Fique antenado aos sinais e sintomas da Disfagia:
ü Sialorréia –saliva/alimento/fluidos;
ü Reflexos orais anormais – exemplo: reflexo de mordida, abertura de boca, protrusão de língua, sucção;
ü Acúmulo de alimento na cavidade oral;
ü Dificuldade na mastigação e na colocação do alimento na parte posterior da base da língua;
ü Cuspir ou expelir o alimento durante as refeições;
ü Regurgitação nasal – o alimento sai pelo nariz;
ü Fadiga durante as refeições;
ü Tosse (antes, durante ou depois da deglutição);
ü Voz molhada depois da deglutição;
ü Dificuldades em deglutir remédios e certos tipos de alimentos;
ü Medo de deglutir;
ü Odinofagia – dor ao deglutir;
ü Engasgos;
ü Manutenção do alimento por muito tempo na boca;
ü Perda de peso.

Lidando com a Disfagia...

 
Alguns aspectos importantes devem ser considerados quando lidamos com as dificuldades na deglutição. Esses aspectos envolvem modificações na dieta, estratégias de alimentação e postura. O fonoaudiólogo está diretamente envolvido no diagnóstico e tratamento de pacientes com disfagia, sendo responsável pela reeducação das estruturas orais e laríngeas. Na prática diária da fonoterapia encontra-se pessoas com distúrbios no desenvolvimento global associados principalmente a hipotonia dos órgãos necessários para alimentação adequada (problemas na boca e esôfago). Trabalha-se com o distúrbio de deglutição, fazendo com que a pessoa volte a engolir o alimento sem perigos de que ele caia no pulmão, afastando a possibilidade de uma pneumonia aspirativa, que pode levar a sérios problemas de saúde, inclusive o óbito.
 

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

7 motivos para procurar um fonoaudiólogo

Trocar letras, língua presa e respiração oral: esses são os motivos que, geralmente, levam os pacientes ao fonoaudiólogo. Mas há outros motivos que justificam uma consulta. "No momento em que uma pessoa tem dificuldades de comunicação, ela apresenta problemas de convívio social", afirma a fonoaudióloga Thays Vaiano.


"A comunicação está associada diretamente com a qualidade de vida", afirma. Na infância, os pais obrigam as crianças a freqüentar sessões. Mais tarde, entretanto, esse tipo de consulta costuma fazer parte da rotina de poucas pessoas - em geral, aquelas que trabalham com a voz, como locutores, professores e atores.

Mas são muitas as situações em que esse tipo de trabalho pode ser útil: a seguir, segue um lista com 7 casos em que a consulta ao fonoaudiólogo é indicada.

Trocando as letras
A letra p pela letra b; a letra f pela letra s. Quando a criança troca as letras, é hora de consultar um fonoaudiólogo. Geralmente, é a escola que encaminha a criança ao fono. Durante as sessões, são feitos exercícios que auxiliam na reprodução da letra.

Quando há dificuldades com a letra l, por exemplo, os exercícios envolvem a ponta da língua, com a leitura de diversas palavras na frente do espelho. Entre essas palavras, há algumas com a letra l, incentivando a pronúncia correta.

Padrão respiratório
A consulta também pode ajudar o paciente a estabelecer um padrão respiratório. É muito comum crianças e adultos respirarem pela boca, o que diminui a imunidade e atrapalha a dicção.
 
Língua presa
Motivo de piada na época de escola, a fonoaudióloga afirma que muita gente confunde o significado de língua presa. "Na verdade, a língua é solta, passando dos dentes, o que dificulta a pronúncia de algumas letras", explica.

Geralmente, a língua dessas pessoas é flácida e, segundo a especialista, exercícios para tonificar a língua melhoram a fala. "Quando há problemas com a pronúncia da letra t, por exemplo, o exercício indicado envolve a ponta da língua", explica.
 
Traumas na mandíbula
A fonoaudiologia ajuda também nos casos em que a mandíbula sofreu algum tipo de trauma e, por conta disso, surge dor na região, além de dificuldades na fala e problemas para articular a fala e a mastigação.

 A articulação da mandíbula fica travada após um trauma e exercícios de fortificação muscular auxiliam na recuperação, além de exercícios de alongamento da musculatura.

Perda auditiva
Mesmo diante de uma perda grande da audição, a fonoaudiologia pode trabalhar a comunicação. Há dois métodos utilizados com pessoas que perderam a audição, além da adaptação com o uso de aparelhos auditivos:

- compreender a fala: a fonoaudióloga ensina como entender a fala de outras pessoas que não sabem a linguagem de sinais.

- reproduzir os sons: por método sensitivo, a pessoa com problemas auditivos coloca a mão na garganta da fonoaudióloga enquanto esta emite um som.

Resistência da voz
Chegar ao fim do dia com a garganta doendo ou totalmente sem voz é sinal de alerta quando isso se torna uma rotina, fato muito comum em profissionais que usam muito a voz, como é o caso de professores que passam o dia alterando a voz por conta das aulas. A fonoaudiologia entra no cenário ajudando na resistência muscular da prega vocal, tratando ou melhorando a qualidade de voz.

Disfagia
Há um profissional que trabalha em hospitais exclusivamente com pessoas que apresentam dificuldades para se alimentar após cirurgias ou acidentes que envolvam o uso de sondas.

Deixar de usar a musculatura por um tempo pode fazer com que o alimento desça pela laringe, podendo provocar o engasgo e também pneumonia por aspiração.
Fonte: www.minhavida.com.br